Seminário Municipal de Política sobre Drogas conta com a mediação da presidente da Fundat

Formação para o Trabalho
26/02/2016 19h00

Na tarde desta sexta-feira, 26, a presidente da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), Gláucia Guerra, atuou como mediadora da mesa redonda que marcou o encerramento do Seminário Municipal de Políticas Sobre Drogas, realizado desde a última quinta-feira, 25, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS). A Fundat é um órgão vinculado à Secretaria Municipal da Família e Assistência Social (Semfas).

O encontro contou com a participação do diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Paulo do Eirado, que palestrou a respeito das possibilidades oriundas da qualificação profissional e do trabalho. Além dele, o coordenador do Centro Regional de Referência sobre Drogas (CRR-UFS), João Martins, ainda abordou os aspectos referentes à construção de oportunidades destinadas àqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade.

De acordo com o consultor da Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), Arivaldo Barreto, o seminário surgiu após a criação de um programa interdisciplinar e intersetorial, que engloba várias secretarias e órgãos do Município e do Estado, com a finalidade de auxiliar os cidadãos que vivem em condição de risco.

"Este programa foi trabalhado e desenvolvido pela prefeitura de Aracaju e vários órgãos, inclusive a Fundat, com políticas voltadas para os moradores de rua e usuários de drogas, culminando no Projeto Acolhe Aracaju, lançado dia 24 de fevereiro, e na origem deste seminário também", explica Arivaldo, salientando que o objetivo do evento é capacitar e apresentar o projeto para os servidores e técnicos que atendem diretamente ao público alvo, bem como para a comunidade em geral, incluindo os próprios participantes do projeto.

Possibilidade de transformação

Segundo Gláucia Guerra, o último dia do seminário fortaleceu as discussões concernentes à qualificação e renda, através do conhecimento da perspectiva daqueles que são o alvo das políticas sociais desenvolvidas. "Para resgatar a sua cidadania, é preciso que ele tenha o braço da qualificação profissional. É a partir da qualificação que ele pode fazer o link entre o tratamento que tem recebido, com a questão da inserção dele no mercado de trabalho enquanto cidadão", afirma a presidente da Fundat, satisfeita com o resultado do debate.

Na visão do diretor regional do Senac, o trabalho desafia e mobiliza o ser humano, ocasionando o crescimento e a superação dentro da sociedade, o que resulta na valorização pessoal. "A qualificação profissional e, principalmente, o exercício do trabalho levam as pessoas a novos compromissos, às vezes até interiores, criando rotinas mais saudáveis, objetivos de vida e trazendo sentido ao dia a dia", salienta Paulo do Eirado.

Para o participante Ygor Machado, assistente social do Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro POP), o evento proporcionou a exposição de elementos que fazem repensar e qualificar o atendimento à população usuária de substâncias psicoativas. "A gente sai desse seminário bastante motivado e pensativo para colocar essas práticas e concepções no nosso cotidiano de trabalho", acredita Ygor.