Nesta segunda-feira, 21, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down e a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realizou um evento para celebrar essa data no Centro Especializado em Reabilitação (CER) II, que funciona ao lado do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) do Siqueira Campos. A palestra foi realizada para as mães e 29 crianças com Síndrome de Down atendidas pela equipe multiprofissional do CER, que é composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos e assistentes sociais. Oficialmente estabelecida em 2006 e amplamente divulgada, essa data tem por finalidade dar visibilidade ao tema, reduzindo a origem do preconceito.
Segundo a coordenadora do CER II, Suely Reis, esse é o primeiro ano que o CER está comemorando essa data. "Hoje, comemoramos o Dia Internacional da Síndrome de Down e é importante divulgar que a pessoa com a síndrome tem direito ao atendimento multidisciplinar no SUS pela Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência aqui no Centro Especializado em Reabilitação. Atualmente, temos em nosso Centro 29 crianças com Síndrome de Down que são acompanhadas por uma equipe multiprofissional. Nesta data especial é importante reiterar que a estimulação realizada nas terapias são primordiais para o desenvolvimento das crianças. A pessoa com Down é tão capaz como eu e você de aprender, ensinar, tocar instrumentos, dançar, cantar, viajar, namorar, enfim, é capaz de viver, basta que recebam os estímulos necessários desde o nascimento. O que as pessoas precisam aprender é o respeito , respeitar as diferenças, respeitar o outro e suas particularidades. A Síndrome de Down não é limitação, é apenas um diferencial. É preciso ver com novos olhos", destacou.
A fisioterapeuta do CER II, Valéria Barreto, realizou uma palestra durante o evento para explicar as mães o que é a Síndrome de Down e abordou também a importância do tratamento para o desenvolvimento da criança. "Muitas vezes as mães recebem a notícia que o seu filho tem Down, mas não sabem exatamente o que é essa condição genética. Queremos mostrar para essas mães a importância dessas terapias no tratamento da criança. Uma das características da síndrome é a hipotonia, que é a flacidez na musculatura, que atrapalha o desenvolvimento motor da criança, a linguagem e algumas crianças possuem déficit de aprendizagem, mas, o que queremos mostrar às mães é que os filhos delas podem se desenvolver muito bem quando são estimulados, que podem sentar, caminhar, devem ir à escola, ao parque, aos aniversários dos colegas, eles podem futuramente trabalhar e, principalmente, eles precisam em todas as fases ter uma vida social ativa, e por isso a importância dessas terapias para que eles consigam atingir esses objetivos", afirmou.
A mãe do pequeno Samuel Brito, Maria das Dores, explicou que há quase dois anos o filho recebe o tratamento no CER. "Infelizmente, ele começou a fazer o tratamento tarde, com nove meses, mas com um ano e dois meses ele já estava caminhando e o atendimento aqui é muito bom. Sobre essa data, só tenho a dizer que é um momento especial para comemorar a especialidade dessas crianças. Hoje em dia, graças a Deus, apesar do preconceito, já tem muita gente que já sabe lidar com a síndrome de Down e entendem que os nossos filhos são pessoas comuns como qualquer outra, mas com um diferencial, que requer um tratamento especial, só que é mãe de um filho com Down sabe o que estou sentido nesse momento, porque dá muito trabalho na criação, mas é gratificante", desabafou a mãe Maria das Dores, que vem da cidade de Indiaroba uma vez na semana para o filho receber o atendimento.
"Meu filho recebe o atendimento no CER desde quando era bebê e ele já está com seis anos, então, já são seis anos vindo às palestras, aos eventos e trazendo meu filho para receber o atendimento desses profissionais maravilhosos. Todos são ótimos profissionais e cuidam muito bem do meu filho, ele gosta muito de vim para cá e eu só vejo ele se desenvolvendo mais cada vez que vem para cá", destacou Gildélia dos Santos, mãe de Igor Eduardo.
Higiene Bucal
Durante o evento, foram distribuídos lanches e a odontopediatra Suzane Grubisik realizou uma palestra sobre a higiene bucal das crianças, o uso do fio dental, a escovação da língua e o uso do flúor. O escovódromo do SESI foi utilizado durante a escovação e a equipe "Anjos da Enfermagem" da Unit também auxiliaram nas ações.
