Roda de conversas realizadas pela Assistência Social de Aracaju empodera usuários do serviço

Assistência Social e Cidadania
19/09/2017 17h40

Quando se fala dos serviços disponibilizados pelos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), logo se pensa em benefícios socioassistenciais como o Bolsa Família, por exemplo. Porém, para além de ser a porta de entrada dos usuários para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), os equipamentos desenvolvem um papel de promoção social, inclusão produtiva e fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, através do empoderamento. Exemplo disso foi a roda de conversa sobre menopausa, realizada com na tarde desta terça-feira, 19, no Cras Carlos Hardman, localizado no bairro Soledade.

O encontro, que contou com a presença do médico da Secretaria Municipal de Saúde, José Guedes Barreto, foi um pedido da própria comunidade. “Todos os meses fazemos uma reunião com as pessoas que são atendidas no centro de referência e as demandas são levantadas. No mês de agosto, as mulheres comentaram sobre a questão da menopausa, que é algo que muitas delas ainda estão em processo. Elas queriam saber mais sobre o assunto, tirar dúvidas e acionamos a nossa rede”, explicou a coordenadora do Cras, Vivian Almeida.

Esclarecimento voltado para a prevenção. De acordo com José Guedes Barreto, além de aprenderem mais, as usuárias acabam sendo disseminadoras de informação. “A menopausa é um tema sério e, por falta de conhecimento, muitas podem pensar que estão doentes. Quando conversamos abertamente, sem tabus e sem amarras, conseguimos desmistificar vários medos e vergonhas. Assim, elas saem daqui mais fortes e empoderadas para procurar ajuda e até para auxiliar alguém próximo”, ressaltou o médico.

Para a diretora de Proteção Social do SUAS, Inácia Brito, eventos como esse trazem algo fundamental para qualquer comunidade: informação. “Pelo próprio objetivo do que é a política de assistência social, estamos garantindo direitos e possibilitando que haja acesso a informações que são de suma importância para o seu desenvolvimento. No momento que a realizamos atividades dessa natureza, estamos dando oportunidades por meio da informação, pois informação é poder”, ponderou a diretora. 

Ana Lúcia Santos frequenta o Cras há alguns anos, tem o lugar como segunda casa e disse saber a diferença entre a última gestão e a atual em sua vida. “Eu agradeço todos os dias por poder estar no Cras, pois eu consigo ver minhas amigas, conversar sobre diversos tópicos que dizem respeito aos meus direitos e também sair da minha rotina. Antigamente não tinha nada, geralmente só vinha quando precisava saber do Bolsa Família. Passei por maus bocados após a morte de uma pessoa muito querida e aqui eu recuperei minha autoestima. Participo de todo tipo de atividade e hoje estou aprendendo um pouco mais sobre esse período complicado que é a menopausa, pela qual ainda estou terminando de passar”.