Atividade resgata auto estima e alegria dos idosos dos Cras Lamarão e Porto Dantas

Assistência Social e Cidadania
23/01/2018 18h10

Alegria no olhar e disposição para se exercitar, conversar e se divertir. Foi com muita animação que, nesta terça-feira, 23, os grupos de idosos dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) dos bairros Lamarão e Porto D'Antas participaram de uma tarde de lazer no Parque da Cidade. A atividade e a integração entre os equipamentos fazem parte das ações em alusão ao Janeiro Branco, mês de conscientização sobre os cuidados com a saúde mental.

Para os idosos, a oportunidade de se reunir e colocar o papo e a saúde em dia. "O Cras acaba sendo um lugar onde eles compartilham o dia a dia e experiências. Na perspectiva da qualidade de vida, do cuidado com a saúde mental e emocional, nós tivemos um primeiro momento com a psicóloga lá no Cras. Agora estamos finalizando com este passeio e a atividade física. Pensamos em algo como uma "colônia de férias", então todas as atividades de janeiro são alusivas à diversão e ao bem estar", frisou o coordenador do Cras Carlos Fernandes de Melo, Reginaldo Vieira.

A coordenadora do Cras Porto D'Antas, Vilma Teixeira, explica como foi pensado o intercâmbio entre os territórios. "Para que vocês percebam o quanto eles gostam desses momentos, nós já tínhamos programado a nossa vinda para cá desde dezembro e desde então eles estavam ansiosos, chegaram bem cedo no Cras para não se atrasarem. Estar em grupo melhora a convivência com a família, com a comunidade e com eles mesmos que se cuidam mais, pois se sentem com a auto estima elevada. Alguns carregam em suas histórias muitas adversidades, conflitos pessoais e isolamento. Toda esta prática facilita o convívio com o mundo", destacou.

Todo no estilo, o líder comunitário do Lamarão, Cassimiro da Silva, colocou a melhor vestimenta e aproveitou o passeio para rever os amigos. "Para mim é uma das melhores coisas estar no Cras. Eu participo de tudo que posso e sinto que o tempo passa rápido quando estou lá, pois quando fazemos as coisas com amor e com o coração, a gente não cansa!".

Após ficar viúva, há 15 anos, a pensionista Anália de Jesus se viu diante de uma depressão. "Foram 34 anos de casamento, praticamente uma vida inteira juntos, sabe?". Foi para não sucumbir à tristeza que ela decidiu procurar o equipamento. "Depois que o meu marido se foi, eu me vi muito sozinha. Mesmo hoje cuidando dos meus netos, que é o que me dá muita felicidade todos os dias, ainda sentia que faltava algo a fazer. Hoje minha rotina pela manhã é cuidar dos meninos antes deles irem para a escola e à tarde eu vou para o Cras. Isso me devolveu a vontade de viver".