Pensando na prevenção da população da capital, a secretária Waneska Barboza, juntamente com uma comissão da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), solicitou ao secretário de Estado da Saúde, José Almeida Lima, uma ampliação no número de doses da vacina contra febre amarela para o município de Aracaju. A reunião aconteceu nesta quinta-feira, 15, no gabinete do novo prédio da Rede Estadual.
De acordo com Waneska, uma estratégia de ação de prevenção que a SMS resolveu adotar é a ampliação da vacinação para grupos que têm maior vulnerabilidade ao contato com o vírus pela forma de trabalho como: aeroportuários, caminhoneiros, agentes de turismo, militares, instituições com atividades em campo e profissionais da saúde.
“Nós, como capital, não podemos ficar de braços cruzados, temos que ter proatividade de prevenção. Sabemos que Sergipe não configura área de risco, mas mesmo assim precisamos montar estratégias e estar sempre preparados”, justificou a secretária.
Para a secretária adjunta da SMS, Ana Débora Santana, a busca por essa parceria com a SES é uma questão de segurança ao cidadão que viaja constantemente para as zonas de risco. “Estamos em busca dos grupos vulneráveis, e um exemplo disso foi a ação que promovemos na última sexta-feira [9] no aeroporto de Aracaju, em que foram vacinados 400 aeroportuários. Uma atividade como esta dá maior segurança à população”, garantiu.
Apoio da SES
O secretário Almeida Lima disse que a SES quer se somar com a SMS de Aracaju. “Não só com a Secretaria de Saúde de Aracaju, mas com todos os municípios que fazem fronteira com a Bahia. Estamos também, juntamente com a nossa Vigilância Epidemiológica, montando estratégias. Um exemplo delas é a disponibilização do carro fumacê nas áreas urbanas dos municípios mais vulneráveis. O que pudermos contribuir com Aracaju, nós faremos”, declarou.
Entretanto, a diretora de Vigilância em Saúde da SES, Giselda Melo, informou que por Sergipe não estar em estado de alerta, nem já ser considerado uma região de risco, o pedido ainda deve passar por uma avaliação do Ministério da Saúde (MS). “Quem disponibiliza as doses da vacina para o Estado é o MS. Por isso, teremos que levar esta justificativa da Saúde de Aracaju e aguardar o pronunciamento deles. No entanto, o próprio MS já estuda a possibilidade de colocar a vacina como rotina para os estados do Nordeste”, ponderou.
Aumento das aplicações
Conforme a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Ilziney Simões, o consumo médio de Aracaju, anterior ao surto de febre amarela no Sudeste do país, era de 1.800 doses da vacina. “Com a grande procura pelo imunobiológico nas dez unidades de Saúde que a capital disponibiliza, durante o período que antecedeu o carnaval, a SMS passou a aplicar uma média de quatro mil doses por semana”, informou.
