Saúde cadastra 25% da população de Aracaju no e-SUS durante os primeiros 14 meses de gestão

Saúde
02/03/2018 16h40

A Secretaria Municipal da Saúde vem trabalhando para atualizar o cadastro domiciliar e individual do município de Aracaju para o sistema e-SUS, uma estratégia da Atenção Básica (AB) que busca reestruturar e integrar as informações para o planejamento de ações.  Até a última quinta-feira, 1º de março, o número de usuários cadastrados na capital foi de 162.806, um aumento de mais de 500% em relação ao mesmo período do ano passado, onde só havia contabilizado no sistema 30.241 pessoas. Em janeiro de 2017 somente 4% da população aracajuana estava cadastrada, agora já são 25%.

O sistema e-SUS AB foi implantado em Aracaju em 2015 e tornou-se obrigatório a partir de 2016, ele faz parte do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) que substituiu o Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB).  “Como 2016 foi um ano de mudança de gestão e houve vários problemas este trabalho ficou prejudicado, então em 2017 fizemos uma parceria com a Universidade Tiradentes (Unit) para os estudantes do 10º período de Enfermagem ajudar os agentes comunitários de saúde no cadastro do e-SUS”, explicou a coordenadora da Rede de Atenção Primária (Reap), Monalisa Fonseca.

Segundo o gerente de Sistemas de Informação da Atenção Básica da Reap, Victor Tavares da Silva, em agosto do ano passado houve um mutirão com os alunos da Unit e o número de cadastro a partir daí aumentou consideravelmente. "Em fevereiro deste ano houve outra parceria com a Unit. Também devemos o acréscimo à entrega de mais de 600 tabletes em novembro do ano passado que vem auxiliando o trabalho dos agentes de saúde. Porque cada aparelho tem o aplicativo do e-SUS AB instalado e o agente pode inserir os dados de forma off-line e depois sincroniza as informações para o sistema on-line de forma segura”, esclareceu.

Importância do cadastro

A importância do cadastro dos dados dos usuários é fornecer informações para o planejamento de políticas públicas. “Com o cadastro nós saberemos, por exemplo, quantos hipertensos, diabéticos, gestantes e pessoas com risco vascular existem em Aracaju e isso significa que teremos um diagnóstico real da população e podemos focar nos casos de maior vulnerabilidade. Hoje fazemos o planejamento em cima de estimativas, mas a nossa expectativa é de que com a melhora nas condições de trabalho, com a chegada de mais de 500 computadores adquiridos com as emendas parlamentares este trabalho flua mais rápido e já vai auxiliar no prontuário eletrônico, assim que for instalado”, informou Monalisa.