Assistência realiza evento de enfretamento à violência doméstica através da cultura de paz

Assistência Social e Cidadania
27/04/2018 18h04

Através do trabalho articulado de algumas unidades da Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, na tarde desta sexta-feira, 27, aconteceu a atividade “Enfrentamento à violência doméstica a partir da cultura de paz” na Praça do bairro Lamarão. Os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) Carlos Hardman, Carlos Fernandes, Terezinha Meira, João de Oliveira Sobral e o Centro de Referência Especializado (Creas) Gonçalo Prado Rollemberg realizaram, durante o último bimestre, atividades relacionadas ao combate da violência doméstica e uniram esforços para um evento público, afim de demonstrarem à sociedade de quais ferramentas de valer ao presenciarem ou sofrerem algum tipo de violência. 
 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras que trabalham fora dedicam 73% mais horas do que os homens aos cuidados e/ou afazeres domésticos.  A pesquisa Relógios da Violência, do Instituto Maria da Penha também aponta que a cada 7,2 segundos uma mulher é vítima de violência física. 
 
Para combater o crescimento destas estatísticas, a secretária em exercício da Assistência Social, Rosane Cunha, explica que as unidades da Assistência Social estão de portas abertas para receber a população. “Desde o início da gestão a nossa prioridade é reestruturar todas as unidades da Assistência Social, em especial os nossos Cras, dando atendimento preventivo às nossas famílias. Então queremos que toda a sociedade aracajuana saiba que os Cras estão de portas abertas para atender a todos e prevenir a violência justamente através da cultura de paz, por meio do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)”
 
A coordenadora da Proteção Social Básica, Lara Cíntia, explica que no momento em que as boas práticas são realizadas a sociedade se transforma. “Essa ação comunitária visa enfrentar a violência de uma forma diferenciada, que é promovendo a paz. Através de pequenas atitudes rotineiras podemos promover um ambiente melhor para nós e para as outras pessoas. Incentivamos em nossos equipamentos essas atitudes, para que um ciclo virtuoso seja mantido”. 
 
Segundo o psicólogo Reginaldo Vieira, que também é coordenador do Cras Carlos Fernandes, o evento é fruto de muito trabalho. “Desde o mês de fevereiro estamos trabalhando esse tema em nosso equipamento. Toda a nossa equipe esteve imbuída no desdobramento da temática, explicando as causas, consequências, como evitar e principalmente de que forma combater e denunciar a violência doméstica. É um trabalho de formiguinha que tem dado muito certo”.  
 
Ana Lúcia Santos participa do Cras Carlos Hardman e acredita que a família é fundamental no enfrentamento à violência doméstica. “Todos nós precisamos estar de olhos abertos para esse tipo de situação. Muitas vezes a mulher, por medo de represália ou vergonha de assumir que foi agredida, se cala e não toma a atitude da denúncia. Cabe à família estar sempre alerta para perceber de que forma pode ajudar, inclusive no incentivo à denúncia”.