Garantir a segurança e tranquilidade dos aracajuanos sempre foi a principal preocupação da Guarda Municipal de Aracaju (GMA). Desde 1992, os guardiões honram a farda azul-marinho atuando de forma ética e cidadã no cuidado de cada munícipe. Atuação ampliada no ano de 2013 com implementação de seu primeiro grupamento especializado: a Ronda da Capital (Rondac).
Um dos números que chama atenção na história da Rondac é a recuperação de veículos roubados. De acordo com dados da Coordenadoria de Estatística (Coest) da GMA, entre janeiro de 2017 e abril deste ano, 11 veículos roubados foram recuperados, representando um número recorde, na instituição. Foram contabilizadas, ainda, 2.615 pessoas abordadas, 98 flagrantes registrados, 25 celulares recuperados, além de dez armas de fogo, 114 armas brancas e 273 unidades de droga apreendidas, nesse mesmo período.
"A Rondac fez aniversário, mas quem ganhou o presente foi a população. Nesses cinco anos, muito foi investido em planejamento operacional, análise de dados, capacitação e aquisição de novas viaturas. Esse conjunto de ações fez com que esse grupamento tivesse as condições necessárias para prestar um excelente trabalho dentro e fora dos terminais. E os resultados estão aí para todo mundo ver. Mês a mês são contabilizadas quedas substanciais nos assaltos a ônibus, na capital. Um trabalho realizado por todos os grupamentos da GMA, porém com uma atuação mais efetiva da Rondac", destaca o diretor geral da corporação, subinspetor Fernando Mendonça.
A criação da Rondac atendeu ao propósito de atuar de forma efetiva e planejada no enfrentamento à violência crescente no transporte público, com ênfase nos terminais de integração.
"No início de 2013, eu trabalhava na zona Norte da capital e ouvia muito sobre delitos e arrastões nos terminais. Então, fiquei muito preocupado com isso. Até então, esses locais não recebiam muita atenção. Começamos a intensificar as rondas nos terminais, principalmente no da zona Norte. A partir daí, passamos a apreender armas brancas e de fogo, além de prendermos pessoas que se utilizavam desses espaços para a prática de crimes", explica o supervisor Dilson Tavares, idealizador e primeiro coordenador da Rondac.
A primeira ação do grupamento organizado se deu no dia 9 de abril de 2013, no terminal de integração do Distrito Industrial de Aracaju (D.I.A.). Nos quatro primeiros dias de atividade, os integrantes do grupamento já contabilizavam três prisões por suspeição de tráfico de drogas, porte de arma branca, além da apreensão de uma quantidade considerável de entorpecentes, comprovando assim a necessidade de sua criação.
Inicialmente, o grupamento realizava exclusivamente o policiamento preventivo-ostensivo nos terminais de integração, progredindo em pouco tempo para a realização de blitz nos principais corredores de ônibus da capital. "Começamos intensificando as rondas nos terminais e posteriormente passamos a realizar blitz, pois, percebemos que os criminosos estavam migrando, saindo dos terminais, para os trajetos dos ônibus. Realizávamos principalmente nos pontos onde o índice de assaltos era maior", informa o supervisor.
A Rondac, além de ser o primeiro grupamento especializado da GMA, foi o primeiro a receber uma base descentralizada, fora do comando geral da corporação, no Parque da Sementeira. Localizada no Conjunto Médici, o posto de atendimento ao cidadão funciona até os dias de hoje. Foi o início da extensão, por toda a cidade, das bases de atuação da Guarda Municipal, mais tarde, seguidas pelos grupamentos Ronda Escolar, Grupo Tático Operacional (GTO) e Grupo Especializado em Motopatrulhamento (GEM).
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