Saúde promove capacitação aos agentes de combate às endemias

Saúde
24/05/2018 21h03

Nesta quinta-feira, 24, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou mais uma etapa do Curso de Vigilância em Saúde Ambiental, com o objetivo de melhorar o diagnóstico das áreas cobertas pelas Equipes de Saúde da Família (ESF). Esta etapa da capacitação é voltada para os agentes de combate às endemias e ocorreu no Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps).

O módulo de hoje foi ministrado pela diretora de Vigilância em Saúde, Taise Cavalcante, pela referência técnica da área de Zoonoses e Arboviroses, Celiângela Santana e pela coordenadora de Sistema de Informação, Raulinna Lima. “Mas o curso como um todo é uma das ações dos projetos estratégicos da SMS, mais especificamente da área da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS). Ele envolve também a capacitação de todos os demais profissionais das ESF’s, como médicos, enfermeiros, agentes comunitários e de endemias”, acrescentou Taise.

A diretora diz que a capacitação é dividida em todos os setores da DVS, e foi iniciada em março deste ano. “Temos aulas de Saúde do Trabalhador; de Sistema de Informação; e das Vigilâncias Sanitária e Ambiental, em Saúde, e Epidemiológica. Enfim, todos os módulos servem para que os profissionais tenham o olhar ampliado e consigam fazer melhor um mapeamento ambiental da área adstrita da ESF. Assim, as ações poderão ser desencadeadas, de acordo com o diagnóstico do problema encontrado”, informou.

O curso tem carga horária de 80 horas, sendo dividido em aulas teóricas e práticas. “As aulas práticas serão realizadas nos bairros de Aracaju, e o primeiro a ser escolhido foi o Santos Dumont, devido ao perfil epidemiológico encontrado das doenças, que são inerentes à saúde de vigilância ambiental. Daí, criamos um instrumento, através da coleta de dados, fazer um mapeamento do bairro como um todo”, acrescentou Taise.

De acordo com a programação da SMS, parte dos médicos e enfermeiros da Atenção Primária serão capacitados ainda este ano. A partir do segundo semestre, o curso levará em consideração os resultados dos primeiros mapeamentos, para que a equipe possa desenvolver um trabalho mais direcionado à problemática das comunidades. “Por exemplo, se identificarmos em um determinado bairro que existem muitas costureiras ou manicures informais, que doenças relacionadas ao trabalho estas pessoas podem ter? E, a partir daí, traçamos uma ação que contemple mais especificamente estas pessoas”, esclareceu Taise Cavalcante.

Para a agente de combate às endemias do bairro Olaria, Joana D’Arc dos Santos, a iniciativa é importante para reciclar conhecimentos e, ao mesmo tempo, estudar as endemias características de cada região da cidade. “O curso é bem interessante para apurar o nosso olhar, porque quando entramos em uma casa já enxergamos um problema epidemiológico ou ambiental, porém não tínhamos argumentos para convencer o morador. Nosso trabalho é de educação, de convencimento e de informação. É um trabalho de formiguinha, e quanto mais conhecimento, mais temos respaldo para ajudar a melhorar a vida das pessoas”, opinou a agente.