Órgãos municipais participam de diálogo sobre projeto piloto da Patrulha Maria da Penha

Defesa Social e Cidadania
25/05/2018 17h54

A implantação do projeto piloto da Patrulha Maria da Penha foi pauta da reunião promovida na manhã desta sexta-feira, 25, na Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE). A ação, que integra o planejamento estratégico da Prefeitura de Aracaju em seu projeto Aracaju Segura, reuniu os representantes de setores da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. O momento foi de alinhamento de responsabilidade e atribuições de cada órgão e das forças de segurança para que o projeto possa ocorrer de maneira integrada e efetiva.

Para o secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, Luís Fernando Almeida, a reunião foi positiva e agregadora. "O enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher requer o cuidado que só pode ser efetivo se ocorrer de forma integrada, com os diversos serviços e setores. A Guarda Municipal atuará fortalecendo a rede de enfrentamento à violência, assegurando o acompanhamento às mulheres que estiverem sob medida protetiva. Dessa forma, pretende contribuir para a garantia do cumprimento das determinações judiciais assim como para evitar a reincidência do ato abusivo", ressaltou.

A Delegada Geral da Polícia Civil, Karina Feitoza, considera que o projeto agrega uma atuação muito importante dentro da rede. "Nós precisávamos que essa iniciativa fosse tomada. A ação da Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Guarda Municipal, é muito positiva. A Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE) está de braços abertos para apoiar essa demanda e vamos, realmente, participar e receber a GMA dentro dessa rede de proteção à mulher com muito carinho, pois sabemos da competência e da garra da Guarda Municipal de Aracaju", destacou.

A secretária municipal em exercício da Assistência Social, Rosane Cunha, alertou sobre a importância do programa Patrulha Maria da Penha ser absorvido pela população. "A nossa equipe da Assistência, representada aqui pela Coordenadoria de Mulheres da Diretoria de Direitos Humanos, está sempre fazendo intervenções nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), e nas ruas por meio de atividades como o Diálogo Popular. A população precisa compreender que a rede de proteção trabalha de forma permanente para ela. Não podemos permitir que mais mulheres sejam vítimas de violência e não saibam como buscar ajuda", considerou.

O fortalecimento do diálogo para implantação do projeto piloto da Patrulha gera grandes expectativas e promove o alinhamento de fluxos para o atendimento e acolhimento das mulheres em situação de violência. Entre os resultados a serem alcançados está a promoção da sensação de maior segurança para que as vítimas venham a denunciar os abusos sofridos.
A coordenadora da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), a juíza Iracy Mangueira, avalia que esse é um projeto construído a diversas mãos. "É muito importante para que dê certo, sobretudo dentro dessa perspectiva de um projeto piloto. Essa é uma política que nunca foi ofertada no nosso município. É interessante que ela comece como piloto para que possamos modular de acordo com a demanda que venha a surgir", acrescentou.