VI Semana do Meio Ambiente vem sensibilizando o público infantil por meio de ações educativas

Meio Ambiente
06/06/2018 20h08

Sensibilizar a comunidade infantil na conservação do meio ambiente é o instrumento principal da educação ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), que está sendo praticada na programação da VI Semana do Meio Ambiente, no RioMar Shopping, e segue até a próxima sexta-feira, 8. A Sema recebeu, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação (Semed), nesta quarta-feira, 6, alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Irene Romão de Brito, em que as crianças visitaram as oficinas e exposições para entender, de forma lúdica, como cuidar e preservar o meio ambiente.
 
“O trabalho com a Educação Ambiental está sendo desenvolvida com a ajuda de alguns parceiros, como a Secretaria Municipal da Educação (Semed). Estamos recebendo escolas municipais e temos a oportunidade de mostrar para os alunos um pouco da importância de reutilizarmos jornais e revistas por meio da Oficina de Papel da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb); com o Sesc são apresentadas algumas espécies de animais e eles ensinam quais os impactos do homem causam a mortandade deles. Temos também a Fundação dos Mamíferos Aquáticos (FMA), que estão mostrando sobre a vida marinha; e como o descarte inadequado de resíduos que consumimos em praias, por exemplo, afetam os animais aquáticos”, afirma o técnico ambiental da Sema, Davi Santos.
 
As crianças são recepcionadas pela equipe da educação ambiental da Sema. No momento, é explicado o que é a semana do meio ambiente e em seguida elas são conduzidas para o Teatro Ambiental da Sema, onde é realizada a contação de histórias relacionadas a natureza, e depois seguem para as oficinas dos parceiros.

Contação de histórias
 
É em um singelo banquinho de madeira onde Izabel Melo narra as histórias de árvores, bichos e rios de forma expressiva, para guiar as crianças a terem a sua própria imaginação em relação a realidade vividas por elas. “Utilizo a narração de modo a sensibilizar as crianças de como cuidar da natureza. A história desperta desejos, sensações, e com os exemplos dos personagens, cada um vai encontrando uma coisa de bom, que meche em suas ações. As histórias são como sementes que plantamos e vai germinando em cada pessoa. Quando eu falo: era uma vez uma árvore, as crianças começam a imaginar, a pensar e participar dizendo que quintal da avó tem uma mangueira, ou uma goiabeira. Então elas começam a enxergar a natureza em sua volta. É com as histórias que as crianças conseguem compreender melhor, pois elas encantam e nos fazem viajar pela imaginação”, destaca.

Oficina de Papel 
A oficina de papel da Emsurb utiliza a criatividade e capricho, para mostrar para as crianças como transformar jornais e revistas em algo bonito e utilitário, e evitar que sejam descartados no meio ambiente.
 
De acordo com a artesã, Cíntia Souza, o que está sendo enfatizado é o reaproveitamento de papeis, além de expor várias obras e peças de arte, como chaleiras, jarros, porta joias, chapéus, entre outros objetos. “Aqui, as crianças aprendem a fazer o canudo, que é base. É por meio dele que você começa a fazer qualquer peça. Demonstramos para elas como fazer flores, porque é mais prático e dá para eles levarem para casa”, diz. 

Sala de Ciências do Sesc
 
No estande da Sala de Ciência do Sesc é realizado dois modos de apresentações retratando os cuidados com o meio ambiente. Uma, é parte expositiva com jogos para cativar a atenção das crianças, apresentação de materiais usados para pesquisa e peixes conservados em formol. A ideia é alertar sobre o perigo da pesca predatória, uma atividade pesqueira executada de forma desenfreada, ou seja, uma pesca excessiva e insustentável praticada pela ação humana. E na parte prática é apresentado para as crianças como reutilizar alguns materiais, como o palito de picolé, garrafa pet e rolos de papel higiênico para construir brinquedos.
 
De acordo com a coordenadora do Sesc Ciências, Aline Pinto, o principal objetivo é sensibilizar a cuidar dos animais e ensinar as crianças a evitarem o acúmulo de lixo, mostrar que muitos materiais que elas jogam na lixeira podem se tornar úteis. “As crianças são o nosso futuro, e precisamos estimular nelas a prática sustentável, a proteger os animais, a comprar apenas o necessário para evitar a produção de resíduos e reutilizar”.

Conduta Consciente
 
Na oficina realizada pela equipe da Universidade Tiradentes, eles retratam sobre o reuso de material para fazer bijuterias e várias outras utilidades. Com as crianças menores, por exemplo, as recebidas desta quarta, 6, da Escola Irene Romão de Brito, o artesão e designer, Wecsley Oliveira ensinou como fazer um brinquedo chamado balangandã, em que as crianças se divertem fazendo giros no ar. “Escolhi fazer esse brinquedo de forma bem colorida com as crianças por ser um brinquedo folclórico regional. É uma brincadeira antiga, como forma de interagir com os pequenos e ensiná-los a reaproveitar”, explica.

Fundação Mamíferos Aquáticos 
 
A FMA apresenta para as crianças peças anatômicas reais dos animais que morreram, devido à ingestão de plásticos e resíduos descartados pelo homem na natureza. Com o intuito de sensibilizar as crianças a realizarem o descarte correto de lixo, principalmente aquilo que é consumido próximo a rios e praias.
 
“Além das peças de animais mortos, trouxemos também os plásticos retirados de dentro deles, como sacos de geladinho, canudos, plásticos de balas, potinhos de iorgute, para mostrar que são lixos produzidos por nós, e que eles consomem esses materiais. Apresentamos o exemplar do animal e os lixos, para que a criança possa associar isso como de fato aconteceu e ensiná-la a agir de forma correta”, explica a bióloga Fabíola Gomes.

Ibama 
 
A educação ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também está presente na parte de conscientização das crianças do município de Aracaju, por meio de exemplares e distribuição de materiais lúdicos, como gibis, cartilha com a versão da Lei dos Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) adaptada ao universo infantil, com doações de quites para as crianças e doações para as escolas, no intuito de incentivar o ensino para os cuidados com o meio ambiente.
 
“Os nossos materiais infantis tem o objetivo de educar as crianças de modo a sensibilizá-las a cuidar da natureza e praticar a sustentabilidade para conservação do meio ambiente, como evitar queimadas e entender que existem leis que protegem a natureza e os animais”, explica a assessora de comunicação e responsável pela educação ambiental do Ibama Sergipe, Maria Helena Filha.