Vigilância Sanitária reforça trabalho no entorno das unidades de Saúde

Saúde
09/08/2018 18h33

A Coordenação de Vigilância Sanitária e Ambiental (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vem celebrando o Dia Nacional de Vigilância Sanitária, comemorado no último domingo, 5, com ações cotidianas que ajudam a evitar problemas de saúde da população. Este ano, a Covisa implantou um novo modelo no processo de trabalho, que é a integração das atuações das gerências no entorno das unidades básicas de saúde.

“Basicamente essa é uma proposta de ação e integração para termos um olhar direcionado à problemática existente dentro do entorno das unidades. Formamos um grupo com representantes das gerências da Covisa que estão fazendo o diagnóstico das empresas que têm atividades ao redor das unidades de saúde, e orientando sobre os cuidados necessários para oferecer um serviço com qualidade”, explicou a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Taise Cavalcante.

De acordo com a coordenadora da Covisa, Graça Barros, o setor vem fazendo ações que estão dentro do Planejamento Anual de Saúde (PAS). “A inspeção das regiões circunvizinhas das unidades de saúde é uma delas. No mês passado, estávamos no conjunto Augusto Franco e este mês estamos no bairro Santos Dumont, porque estamos identificando estabelecimentos que não são formalizados, como pequenos salões de beleza, e estamos dando orientações de como eliminar riscos à saúde dos frequentadores dos estabelecimentos. Acho que é um trabalho muito interessante e merece destaque porque não foi com o objetivo de cobrar, e sim de educar os trabalhadores”, frisou.

Dia Nacional

Para a coordenadora da Covisa, é importante celebrar o Dia Nacional da Vigilância Sanitária para lembrar que o trabalho acontece diariamente, de forma sistemática, nos diversos segmentos de serviços de saúde, de alimentos e de produtos animais, por exemplo.

“É um trabalho de prevenção, tentando evitar a exposição da população a riscos, seja através de alimentos, dos produtos de saúde, de medicamentos, nos serviços de saúde, onde são realizados exames, por exemplo. Os riscos que os modismos trazem como as tatuagens, o uso dos piercings, os consultórios odontológicos, na qualidade da água que consumimos. Enfim, existe toda uma preocupação dessa equipe que está em campo diariamente tentando assegurar a qualidade de saúde, de forma preventiva, antes do adoecimento”, explicou Graça.

A Covisa é formada por seis gerências de: Alimentos, Produtos Animais e Veterinários, Farmácia e Produtos Médicos, Saúde e Interesse à Saúde, Qualidade da Água e Saúde Ambiental. “Temos cuidado desde uma lanchonete pequena até as grandes produções de alimentos para as empresas. Cuidamos da venda da carne, do frango, do peixe nas feiras e nos supermercados. A parte de medicamentos, como são vendidos e acondicionados, os prazos de validade, os produtos da saúde que vão desde uma gaze até uma prótese. Enfim, toda essa gama de serviços prestados e produtos comercializados, nós monitoramos diuturnamente, pois na parte de alimentos temos uma equipe nos estabelecimentos que só funcionam à noite”, informou Graça.

Para a coordenadora, o trabalho da Covisa é prazeroso, pois colabora com a prevenção à saúde das pessoas, à medida que consegue evitar danos e ajuda a melhorar a prestação dos serviços. “Este ano em particular nós despendemos uma equipe para estar dentro dos serviços de saúde do próprio município e isso tem melhorado muito a qualidade sanitária desses espaços. Inspecionando, chamando a equipe técnica e oferecendo uma consultoria”, acrescentou.

Zoonoses

Com uma nova reformulação da Covisa, a partir do início deste ano, a área de zoonoses, inclusive o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) passou a integrar a Vigilância Ambiental, que antes era ligada à Vigilância Epidemiológica. A gerência buscou parcerias para fazer inspeções conjuntas com a Secretaria do Meio Ambiente e com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).

“O CCZ atua diretamente na parte de controle químico, aplicação de inseticidas, procedimentos e utilização correta de equipamentos de proteção individual (EPI’s). Os nossos servidores enfatizam o manejo ambiental na prevenção de endemias. Todos os programas, como os de combate à esquistossomose, leishmaniose, Aedes aegypti e controle químico de um modo geral, trabalham com a educação em saúde e o manejo ambiental para que não seja necessário tanto a aplicação de inseticidas, porque se a pessoa mantém o ambiente limpo, já evita os focos dessas doenças”, reforçou Graça.