Semana de Controle da Leishmaniose é encerrada com ações no dia de mobilização

Saúde
10/08/2018 16h08

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoveu a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, com ações diárias desde a última segunda-feira, 6. Nesta sexta-feira, 10, onde é celebrado o dia D de mobilização, os agentes de endemias estiveram nas salas de espera das 44 unidades básicas de saúde com ações educativas para a população.

O principal objetivo desta semana é proporcionar o conhecimento sobre a doença e o combate ao vetor, conscientizando a população acerca da prevenção. “É preciso que as pessoas tenham conhecimento porque muitas vezes a leishmaniose é negligenciada. Mas existe a cura e o tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É muito importante o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento, pois 90% dos casos não tratados levam à morte”, informou a Referência Técnica da Área das Arboviroses e Zoonoses da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi), Celiângela Lima.

Durante toda a semana várias atividades foram realizadas, com ações dos trabalhadores da Covepi, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e a parceria do Programa Saúde na Escola (PSE). Foram palestras em escolas, apresentação de vídeos educativos, entrega de materiais educativos, coleta de sangue em cães das áreas endêmicas e teste rápido nos bairros onde já tiveram casos de óbito pela leishmaniose visceral humana, que é uma doença de notificação compulsória caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, anemia e quando não tratada pode evoluir para a morte.

A leishmaniose visceral é popularmente conhecida como calazar e é transmitida através do mosquito flebótomo, a cães e a humanos. No ano passado houve 28 casos confirmados da doença e três óbitos. Os bairros mais atingidos em Aracaju foram Mosqueiro e Santos Dumont.

Multiplicadores

“É muito importante fazer palestras nas escolas de Ensino Fundamental porque as crianças são multiplicadoras sociais. Nós orientamos a não acumular lixo nos quintais porque o mosquito vetor gosta de materiais orgânicos e de locais com muita vegetação para colocar os ovos. Então, não se deve acumular lixo e manter os locais limpos”, explicou o supervisor do Programa Municipal de Controle da Leishmaniose do CCZ, Wilson Oliveira dos Santos, acrescentando que houve coleta de sangue canino no bairro América, que é endêmico para a doença.