Jogos do Mundial Universitário de Xadrez começam nesta quinta-feira, 13

Juventude e Esporte
12/09/2018 21h00

Concentração e estratégia são o segredo para o WUC Chess 2018, o Mundial Universitário de Xadrez que acontece na capital sergipana. O campeonato organizado pela Federação Internacional do Esporte Universitário (Fisu), com o apoio da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), reuniu atletas de 13 países na cerimônia de abertura nessa quarta-feira, 12. Os jogos do Mundial, que serão sediados pela primeira vez em Aracaju, começam nesta quinta-feira, 13 e seguem até o dia 18, no Real Praia Hotel. A primeira rodada será pela manhã às 9 horas, já a segunda às 16 horas. Ao total, 48 atletas buscam se destacar na competição.

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Juventude e do Esporte (Sejesp), apoia o evento e, durante a cerimônia de abertura, o secretário municipal da Juventude e do Esporte, Jorge Araujo Filho, confessou o desejo de promover a modalidade na capital. “A gente recebe mais uma vez de braços abertos atletas de outros países, como ocorreu ano passado, quando sediamos o Mundial Escolar de Triatlon. Fomos agraciados com a realização deste mundial e agradecemos a confiança da Fisu e da CBDU. A escolha por Aracaju demonstra que nossa capital tem potencial em receber eventos de grande porte como esse, ao mesmo tempo que tem potencial de gerar renda para o município. Torcemos pelo sucesso de mais esse evento esportivo, e já reforço que Aracaju está de portas abertas para novos eventos como este”, explicou.  

O presidente do Comitê Organizador local do Mundial de Xadrez, Flavio Mendonça,explica que, em 2015, foi apresentada a candidatura de Aracaju para sediar o evento, e somente em 2016, após uma disputa com diversos países, a capital foi escolhida. É a primeira vez que a Aracaju realiza um mundial universitário e que o país recebe o campeonato de xadrez.“Um evento como este ajuda a desenvolver a modalidade aqui no país, e, principalmente, no nosso estado. É também uma forma de divulgar o esporte universitário em Sergipe, pois muitos ainda não tem conhecimento. Quero agradecer à Sejesp pelo apoio, por receber os atletas e dar todo apoio logístico para que os competidores fossem bem recebidos” afirmou.

Entre os 48 competidores que participam do mundial, a seleção brasileira de xadrez tem o privilégio de pela primeira vez jogar em casa. Representante da equipe brasileira, Ricardo Japiassu, começou a jogar xadrez aos 7 anos e logo a modalidade se tornou sua paixão. Aos 8 anos, participou do campeonato brasileiro escolar e, desde então, não parou. O atleta de Brasília visita pela primeira vez a cidade nordestina e destacou o alto nível dos participantes. “Eu estava no campeonato brasileiro e tem muita gente forte, é difícil. O segredo é concentrar na partida, no que você está fazendo e não no resultado, isso é consequência. O Brasil está ganhando relevância cada vez mais no cenário mundial e em todas áreas, e o esporte é consequência desse crescimento no mundo”.

Há 14 anos, Gustavo Queiroz descobriu no xadrez uma nova habilidade. O atleta goiano, que se classificou esse ano para a seleção universitária brasileira de xadrez, pontuou a importância de promover o esporte no Brasil. “Eu vim estudando muito sobre a abertura e finais de jogo, pois tem várias etapas de uma partida. Então, você precisa estar afiado em todas para se sair bem. Esse campeonato é a oportunidade de valorizar esse esporte no Brasil, afinal ele é um pouco negligenciado ainda. Além disso, é importante para que as pessoas vejam que no Brasil tem atletas que jogam e se destacam. Não só levar em consideração esportes mais famosos como o futebol, mas também outros que tem a chance de trazer essa visibilidade para o país”.