Em momento de crise econômica e ampla procura por vagas de empregos, a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), não tem medido esforços para contribuir com a inserção da população no mercado de trabalho. Um exemplo disso é a realização da Oficina de Cooperativismo, realizada nesta quarta-feira, 31, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Sergipe (SESCOOP/SE), na Unidade de Qualificação Profissional (UQP) do bairro 17 de Março, que teve como objetivo preparar costureiras (os) e marceneiras (os) para a abertura de cooperativas de trabalho.
A iniciativa, que foi voltada não só para as alunas do curso de marcenaria e Corte e Costura oferecidos pela Fundat, mas também para as costureiras dos bairros Santa Maria e 17 de Março, teve o intuito de fomentar a otimização do trabalho através do cooperativismo, abordando um conteúdo programático que abrangeu toda a base conceitual do cooperativismo e gerenciamento de negócio.
De acordo com o presidente interino da Fundat, Jorge Araujo Filho, uma das prioridades da Fundação é alcançar cada vez mais pessoas e oferecer os serviços em prol do encaminhamento ao mercado de trabalho e geração de renda. "A Fundat oferta cursos de qualificação profissional para o mercado de trabalho, o banco de currículos e também trabalha com a parte de empreendedorismo e cooperativismo, que é a nossa intenção aqui no 17 de Março. O cooperativismo abre portas, abre um leque de oportunidades de geração de renda para qualquer comunidade. A gente quer fortalecer isso na Fundat, em ações que já vêm sendo desenvolvidas. Agradeço, inclusive, a parceria que temos com a SESCOOP, para a realização desse curso", afirmou.
Novos horizontes
Para a costureira Ana lúcia santos, de 43 anos, a oportunidade de ser orientada quanto a abertura de uma cooperativa foi de suma importância para que ela tivesse a certeza de estar indo no caminho certo para a realização do seu sonho. "Eu aprendi a costurar sozinha, vendo as pessoas costurarem, e me identifiquei mais com a parte de artesanato, eu faço inúmeras coisas, o que você imaginar eu jogo na máquina e sai o resultado. Quando eu morava em São Paulo, eu busquei reunir um grupo de amigos que pudessem formar uma cooperativa, porém devido às burocracias para se abrir uma cooperativa, eu acabei engavetando esse desejo. Ao chegar aqui, eu vi que era exatamente o que eu precisava pra desengavetar esse sonho e pôr ele em prática e eu sei que vai dar certo. Existem muitas mulheres empreendedoras, sonhadoras, que querem viver do seu próprio negócio e realizar seus sonhos. Estou imensamente feliz pela iniciativa da Fundat", contou.
Assim como Ana, a participante Sileide Severo, de 31 anos, contou estar empolgada com a nova possibilidade de atuar no mercado de trabalho. "Eu já fiz vários cursos de costura, mas costuro só em casa, pra minha filha e pra mim também. Acho que por questão de medo. Quando surgiu o curso, eu me interessei, aprendi muita coisa interessante sobre o trabalho em cooperação. Todo mundo tem que se unir pra dar certo. Muita gente na turma tem interesse em formar uma cooperativa, inclusive eu", ressaltou.
O presidente interino da Fundat, Jorge Araujo Filho, ressalta a importância do cooperativismo
Participante do curso e costureira, Silene Severo
