Vigilância Epidemiológica melhora índices de saúde preventiva durante 2018

Saúde
25/01/2019 16h58

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através da Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde (DVAS), divulgou o balanço de 2018 referente às ações da Coordenação da Rede de Programas de Vigilância e Atenção à Saúde (RPVAS), onde obteve vários resultados positivos durante a execução das ações de saúde preventiva, sobretudo no reconhecimento, notificação e investigação das doenças transmissíveis.

De acordo com a diretora de Vigilância e Atenção à Saúde (DVAS), Taise Cavalcante, em 2018 foi realizada a junção da Diretoria de Vigilância em Saúde com a Diretoria da Atenção à Saúde. “Com os resultados do que aconteceram no ano passado em cada Vigilância, mostramos, com a união das diretorias, a importância desta interação”, enalteceu.     

Segundo a coordenadora da RPVAS, Tânia Santos, muitos foram os pontos positivos, como a elaboração dos boletins epidemiológicos e o enfrentamento da influenza e do sarampo com o plano operativo. “A execução do Plano Municipal de Contingência em resposta ao surto de sarampo em Aracaju teve início no dia 26 de setembro de 2018, e foi até 25 de novembro, quando realizamos medidas de controle de forma imediata e que provassem que a cadeia de transmissão havia sido interrompida. Em todos os referidos casos, suspeitos e notificados, foram realizados bloqueios vacinais em tempo oportuno, o que contribuiu para a não ocorrência de novos casos”, argumentou.

A Vigilância Epidemiológica de Aracaju elaborou estratégias com o intuito de operacionalizar as ações. Foram avaliadas em relação à situação vacinal 45.404 pessoas, das quais 10.943  foram vacinadas, sendo 1.020 menores de cinco anos, 4.095 na faixa entre cinco e 29 anos, e 5.828 tinham de 30 a 49 anos. 

Outros destaques de 2018

Durante o Carnaval, profissionais do Programa da IST/Aids e hepatites virais distribuíram camisinhas masculinas, femininas e sachês de gel lubrificante. Foram realizados testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites tipo B e C. Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em março, o Programa Municipal de Controle da Tuberculose realizou várias ações de prevenção e promoção no controle da doença. Os profissionais da SMS distribuíram cartilhas informativas e orientações de como identificar os sinais, além de ações lúdicas, como música e teatro.
 
Já nas ações do Projeto Vida no Trânsito (PVT), a coordenadora explica que atividades importantes foram realizadas neste período como, por exemplo, as visitas técnicas às instituições, que foram mais 119, com ênfase na atenção básica, em unidades de saúde, através da promoção da paz no trânsito, com a preservação da vida e a prevenção de acidentes, alertando os usuários e condutores sobre práticas de segurança.

Atividades relevantes foram promovidas em parceria com o Núcleo de Prevenção às Violências (Nupeva), a exemplo das rodas de conversa com profissionais de saúde das unidades. “Essas atividades buscaram sensibilizar e mobilizar os trabalhadores para que haja a quebra do silêncio quando identificados casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Nossa intenção é proteger, enfrentar, prevenir e punir tais práticas", enalteceu a coordenadora.

Fluxo de trabalho

De acordo com a coordenadora da RPVAS, Tânia Santos, a Vigilância Epidemiológica trabalha, principalmente, com as notificações. “Para a saúde pública, notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde. A partir disso, poderão ser tomadas medidas de promoção, proteção e controle. Os casos suspeitos notificados são sempre acompanhados pela Vigilância Epidemiológica para apoio na investigação e confirmação, ou mesmo na negativa dos casos”, explicou.

Estrutura administrativa

A RPVAS é responsável pelas seguintes áreas técnicas Agravos Imunopreveníveis, atendimento anti-rábico humano, animais peçonhentos, Programa Municipal de Controle da Tuberculose e Hanseníase, Área Técnica de surto, Meningites, Influenza e Centro de Informações Estratégicas em Saúde, Arboviroses, Zoonoses (Dengue, Zika e Chikungunya) e (Leishmaniose Visceral, Leptospirose, Esquistossomose), Programa IST/Aids/Hepatites Virais e Sífilis, Núcleo de Prevenção às Violências (NUPEVA) e Projeto Vida no Trânsito (PVT), Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH) e Programa Saúde nas Escolas (PSE).  “Através dessas equipes, buscamos a integração efetiva com as redes assistenciais, visando à mudança e melhoria dos indicadores de saúde”, enfatizou Tânia.