Prefeitura está reformando rede elétrica das unidades de saúde

Agência Aracaju de Notícias
21/03/2019 09h00

Para garantir segurança a todos os profissionais e pacientes da rede municipal, a Prefeitura de Aracaju (PMA) está fazendo a troca e revitalização dos equipamentos elétricos das unidades de saúde do município. Há algum tempo a rede elétrica estava em uma situação preocupante e  sem manutenção, o que poderia acarretar sérios problemas. Fios desencapados, disjuntores colocados de maneira incorreta e equipamentos ligados em uma única rede foram alguns dos problemas encontrados.

Para iniciar o processo de troca e adequação dos equipamentos, o engenheiro elétrico responsável pela rede das unidades de saúde da PMA, Hugo Torres, explicou que precisou fazer uma vistoria em todas as unidades, identificando a real situação delas e também quais estavam em estado bastante crítico, para, então, começar a reforma. "Comecei com as unidades mais críticas. Arrancamos todo cabeamento velho, que estava com fios desencapados, ou subdimensionados, e trocamos por fios, disjuntores e quadros novos", conta.

O projeto feito para a reforma da rede elétrica das unidades aracajuanas é as built, que significa "como construído". Dessa forma, é feito um levantamento das instalações elétricas e depois o desenho do sistema. "Hoje a gente adequou as unidades e, além de adequar, fizemos um projeto as built. Fizemos projetos baseados no que estava lá, que estava mal dimensionado. Substituímos tudo, principalmente disjuntores e cabeamento", pontua Hugo.

Riscos

Quando um projeto é criado, ele é dividido em vários circuitos. Por exemplo, o circuito é dimensionado para colocar dez tomadas, com o intuito de ligar dez equipamentos. Para isso, é preciso escolher qual cabeamento e disjuntor corretos. A função do disjuntor é proteger o cabo. "Nas unidades, o cabeamento estava muito fino e antigo, e o disjuntor não estava adequado para os cabeamentos. Ou seja, o que poderia acontecer é: muita coisa ligada nesse cabo faria ele esquentar, derreter e ocasionar acidentes", relata o engenheiro elétrico.

Outro problema encontrado pela equipe que está fazendo a troca das redes é que a maioria das unidades não possuía aterramento. O aterramento serve para melhorar a funcionalidade de dispositivos de proteção, filtros de linha e evitar interferências eletromagnéticas nos eletrônicos. Isso é feito para que, ao operar máquinas e equipamentos elétricos, o operador ou o profissional da área não receba descargas do equipamento que está sendo manuseado. "A maioria das unidades não tinham aterramento. Isso pode resultar em queima de equipamentos, problemas de choque em carcaças. Uma das adequações que fizemos foi colocar aterramento em todas elas", explica Hugo Torres.

Segurança

O trabalho de reforma das unidades está sendo feito por ordem de criticidade/necessidade. Ou seja, de acordo com a planilha apresentada pelo engenheiro, unidades onde acidentes poderiam acontecer a qualquer momento estão sendo priorizadas. "De todas essas unidades, já foi feita uma verificação em todos os quadros elétricos, todos os circuitos, e começamos a fazer o projeto de todas. Nas unidades mais precárias, referente à parte elétrica, retiramos tudo o que estava velho e colocamos novos equipamentos", detalhou.

No atual planejamento e execução da reforma, os aparelhos de ar condicionado, iluminação e tomadas estão sendo colocados com quadros separados, deixando todos os circuitos individualizados. De acordo com as normas de eletricidade e as normas da Energisa, essa separação é obrigatória. "Antes estavam juntos em todas as unidades. Impressoras, que possuem uma carga mais alta, estavam juntas. Nós separamos todas, que agora têm um circuito próprio só para elas. Os aparelhos de ar condicionado também estão recebendo um quadro apenas para eles. Isso já foi feito em diversas unidades, como por exemplo, Anália Pina, Joaldo Barbosa e José Machado de Souza", diz o engenheiro.

Com a reforma feita até então, foram investidos em torno de 70 mil reais em equipamentos e mão de obra. Ao todo, 31 unidades já tiveram verificação da parte elétrica, garantindo maior segurança e qualidade à população. A previsão é que todas tenham sua parte elétrica reformada até o final da atual gestão. "Não existe mais problema de tomar choque na parede, como era o caso de algumas unidades, que tinham fios encostando em lugares inadequados, o custo com energia diminuirá, pois, se existem cabos tocando na parede, é porque há perda de energia, os riscos de curto circuito são mínimos, assim como a possibilidade de ocorrerem incêndios", finaliza Hugo Torres.