Escola Municipal otimiza tempo do intervalo com projeto Recreio Dirigido

Educação
22/05/2019 12h35

Mantida pela Prefeitura de Aracaju, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professora Núbia Marques, localizada no bairro Coroa do Meio, recebe diariamente 596 crianças com idades que variam dos 6 aos 14 anos. Com um público tão diversificado, a hora do recreio era imprevisível. Para mudar a situação, a equipe diretiva e professores decidiram implantar o projeto ‘Recreio Dirigido’.

“A ideia surgiu em virtude da necessidade de uma maior espaço físico para que as crianças brincassem. Como o nosso espaço é limitado, criamos atividades para que eles ficassem concentrados nesses 20 a 30 minutos do recreio para que não acontecessem acidentes, não se machucassem e que nós conseguíssemos, também, reforçar os conteúdos que estão sendo vistos em sala de aula”, explica a coordenadora pedagógica da escola, professora Vilse Maria dos Santos Gonçalo.

As crianças foram divididas em dois grupos: o ‘primeiro’ recreio é voltado para as turmas dos 1º e 2º anos. As outras turmas – do 3º ao 5º – saem no intervalo seguinte. O projeto é aplicado nos períodos da manhã e da tarde. “O que percebemos é que a interação entre eles aumentou significativamente, porque antes era cada um por si. Antes, os mais velhos colocavam uma barreira, diziam ‘esse horário é meu e eu não quero regras’, e isso mudou”, explica a coordenadora.

Além da definição de horários diferentes dos recreios, a equipe criou atividades compatíveis com cada faixa etária. As crianças mais novas trabalham mais cantorias e as danças. Para os mais velhos, o envolvimento vem através de jogos e desafios. Para a professora Lídia Maria de Oliveira Luduvice Nunes, do 5º ano ‘A’, a iniciativa tem trazido bons resultados.

“Além de diminuir as intercorrências, no recreio dirigido a gente também já direciona para brincadeiras mais lúdicas, pedagógicas, para leituras e jogos educativos. Então, está sempre alternando para buscar estratégias sempre diferentes da sala de aula, porque na sala de aula eles já focam muito no conteúdo, e, aqui fora, através do brincar, eles aprendem de outras formas e descobrem que isso pode ser divertido”, avaliou.

E os alunos concordam. “Acho melhor o recreio desse jeito, com as turmas dos maiores separadas dos menores. Fica mais fácil para brincar”, atesta Maria Eduarda Barbosa Silva, 10 anos, aluna do 4º ano. Para o Daylan Enzo Domingos dos Santos, de 11 anos, o diferencial está nas atividades ofertadas. “Eu gosto de ler no recreio dirigido e gosto dos jogos, porque ficou mais animado. E é bom poder brincar sem os menores na quadra, porque protege mais todo mundo”, diz.