Para celebrar o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, comemorado nesta terça-feira, 28, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), faz um alerta a respeito da conscientização e dos cuidados com a saúde das mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) municipal.
Através do Programa Saúde da Mulher, da Rede de Programas de Vigilância e Atenção à Saúde (REPVAS), a SMS garante à população um atendimento integral dentro das necessidades sociais das mulheres aracajuanas, atuando em conjunto com outros programas e com objetivo de consolidar um modelo assistencial que atenda a mulher.
As ações do programa operam em quatro frentes de trabalho, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde, baseando-se no planejamento reprodutivo e sexual; pré-natal; prevenção de câncer de colo de útero e de mama; além de ações em conjunto com outros programas em prol do combate à violência contra mulher, e feminização da Aids.
Além disso, a SMS promove atividades em conjunto com outros programas em prol do combate à violência contra mulher, através de palestras, rodas de conversa e trabalhos educativos, que também tratam sobre prevenção de doenças, sobretudo as sexualmente transmissíveis. A técnica do Programa Saúde da Mulher, Kátia Valença, explica que o atendimento é ofertado com equidade, ou seja, dentro das principais necessidades de cada usuária.
"Para o planejamento reprodutivo e sexual, temos a disponibilização de métodos anticoncepcionais [preservativo masculino e feminino, pílulas, injetáveis e DIU, além de vasectomia e laqueadura]. No pré-natal, ofertamos consultas com profissionais de diversas áreas, exames laboratoriais com material coletado nas Unidades Básicas de Saúde [UBS], ultrassonografias e testes rápidos de HIV/Aids e sífilis. Já o exame das gestantes de risco habitual é realizado nas próprias Unidades e os de alto risco no Centro de Especialidades Médicas [Cemar] Siqueira Campos", explicou a técnica.
Importância dos cuidados
Ainda segundo Kátia, apesar de o dia 28 marcar a luta pela saúde da mulher, o cuidado e atenção devem ser realizados todos os dias do ano, chamando a atenção para a conscientização da sociedade para os diversos problemas de saúde e distúrbios comuns que afetam o sexo feminino. "Muitas vezes, em função de jornada dupla de trabalho e atenção centrada na saúde da família, mulheres negligenciam a própria saúde, deixando de lado, por exemplo, exames periódicos preventivos. No âmbito da saúde suplementar, o comportamento exige esforço das operadoras de planos e de profissionais de saúde no sentido de alertar as mulheres para os riscos da ausência de cuidado", enfatizou.
De acordo com a também técnica do Programa Saúde da Mulher, Maria das Graças Nunes, outro ponto bastante trabalhado junto às mulheres é em relação ao parto humanizado, com a metodologia das visitas das mulheres à maternidade.
"As gestantes conhecem todo o espaço físico e os profissionais que estarão no momento que ela for parir. Nós temos um cronograma destas visitas que são realizadas todas as sextas-feiras à maternidade, recebendo estas gestantes e o profissional da UBS, dando segurança e tirando todas as dúvidas das gestantes. A questão da humanização é fundamental para tranquilizar as mulheres que serão atendidas, e este trabalho visa fortalecer o vínculo a maternidade de referência para o parto da gestante", afirmou.
Prevenção
Um dos problemas que mais acomete mulheres, o câncer do colo uterino, é tratado de forma preventiva no município de Aracaju, através da oferta de exames citopatológicos. Em 2018 em Aracaju, 22.287 mulheres fizeram o exame citopatológico.
Já a prevenção do câncer de mama é feita por meio de consultas especializadas em mastologia e mamografias para mulheres a partir dos 40 anos. Ainda em 2018, 13.097 mulheres fizeram mamografias e 22.878 fizeram consultas de pré-natal.
No entanto, Maria das Graças reforça a importância da conscientização das mulheres para uma maior procura pelos exames.
"Precisamos aumentar estes números e as mulheres precisam fazer mais, tanto o citopatológico, como as mamografias, que são de fácil acesso na rede básica. É necessário diminuir o absenteísmo, que é quando as pessoas agendam os exames e não comparecem à consulta", disse Graça.
