NPD une audiovisual à arte durante a exposição 13 Noites com Antônio

Cultura
06/06/2019 21h06

 O destaque da 5º exposição ‘13 noites com Antônio’ da noite desta quinta-feira, 6, foi a união o audiovisual ao acervo de altares confeccionados por 13 artistas sergipanos, em homenagem ao divino casamenteiro, representado pelo Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira. A exposição, promovida pela Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), teve início no último sábado, 1º, e estará em cartaz no Centro Cultural de Aracaju durante todo o mês de junho. Durante as 13 primeiras noites, um altar é evidenciado por dia.
 
Como junho é conhecido pelo período festivo, que tem origem na região Nordeste, o NPD buscou enaltecer a cultura tradicional sergipana. A coordenadora do Núcleo, Graziele Ferreira, fala sobre a união do audiovisual com os tradições juninas. “Receber a trezena de Santo Antônio, desde do ano passado, faz com que o NPD demonstre o quanto o audiovisual é multifacetado. O evento também se torna uma forma celebrarmos algo tão marcante neste período”, afirmou.

Durante a programação desta quinta-feira, houve a típica reza ao homenageado, louvores em sua devoção e o banquete. O professor Dr. Otávio Luiz Cabral, responsável pela curadoria da exposição, relatou a relevância de estimular os projetos de cunho cultural e a importância da participação do NPD na organização. “Cada ano é diferente. Com a participação do Núcleo, buscamos explicar a nova proposta. Para quem tem mais estudo é fácil, entretanto, para aqueles que não são tão adeptos às tecnologias levam mais um tempo para compreender. Por isso, apresentar uma explicação popular nesta noite se tornou um elemento importante para uma melhor compreensão da arte. De fato, o NPD sempre busca resgatar de alguma forma o tradicional atrelado ao novo”, explicou.

O NPD confeccionou um espaço de devoção com uma produção animada da imagem do Santo. Zilma de Jesus Santos, 60, professora aposentada, sempre está acompanhando a trezena e elogiou a proposta da unidade vinculada à Funcaju. “Sempre fui simpatizante do santo, de sua história de vida e o evento trouxe algo diferente para mim nesta noite. No primeiro momento, eu não compreendi e achei estranho. Mas, quando Otávio fez a comparação, compreendi e de fato faz sentido. É um paralelo entre a forma tradicional da pregação de Santo Antônio, feita sempre pessoalmente, com o agora, que é mais voltado ao mundo tecnológico”, garantiu.