Marcado pela tranquilidade e segurança, Forró Caju cativa público da terceira idade

Maior festejo junino da capital sergipana, o Forró Caju 2019 atrai à praça de eventos Hilton Lopes público de todas as idades. Seja no Palco Luiz Gonzaga ou no Arraial da Clemilda, as atrações da programação são prestigiadas por jovens e idosos, estes últimos participantes cativos da festa.

Presente a mais uma edição do Forró Caju, a aposentada Maria Alves conta que já esteve na festa tanto para se apresentar artisticamente, como dançarina da quadrilha Alegria de Viver, como para assistir aos shows da programação. “Todos os anos eu estou aqui. É bom demais participar! Sou quadrilheira e já nos apresentamos aqui em três anos desse festejo. Aqui eu me sinto bem”, contou sorridente.

Amante de forró e  integrante de uma quadrilha junina, o esposo de dona Maria, Joselito Alves, 74, é também um frequentador assíduo do Forró Caju e diz que seu espírito jovem é aflorado pela alegria do evento, uma realização da Prefeitura de Aracaju, com recursos próprios e patrocínio do Ministério do Turismo.

“Venho ao Forró Caju desde quando começou. Eu e minha esposa estamos aqui sempre na mesma disposição. Sinto muita emoção. Conservar as tradições realmente é uma coisa fantástica. Aqui eu me sinto jovem, porque a idade está na mente das pessoas e não nos anos vividos e quanto mais você se sentir jovem, mais disposição tem para fazer aquilo que gosta. Quanto mais se dança, mais saúde. Isso aqui faz com que eu me sinta realizado, quando estou no palco ou fora dele”, afirmou Joselito.

Embalado pelo ritmo da zabumba, Hélio José dos Santos, 77, foi uma das atrações do Arraial da Clemilda na noite desta sexta-feira, 28. O zabumbeiro, que herdou do pai o gosto pelo forró pé de serra, se apresentou pela primeira vez no maior festejo junino da capital. “Eu adorei tocar aqui! Fui criado nesse ritmo, porque meu pai tocava zabumba. Me criei dentro do forró e no forró estou. Eu achei bastante animado tocar aqui, e é a minha primeira vez. Toco desde de pequeno, porque meu pai ia tocar e eu “entrei dentro”, diz sorrindo, ao revelar suas raízes como forrozeiro.

Dona Maria Neide dos Santos, 66, também afirma não perder uma edição da festa. Com uma animação contagiante e um grande sorriso no rosto, dona Neide, na companhia de um grupo de amigas, conta que o ritmo do forró é o que a deixa feliz e nada mais alegre do que participar de uma festa na qual o forró é a principal atração.“Esse ano está maravilhoso! Participo todos os anos e enquanto eu tiver vida e saúde estarei aqui. Aqui é o maior prazer que eu tenho, porque meu divertimento é o forró, eu danço sempre. Sou forrozeira desde criança”, disse.

Sem parar seus passinhos de forró, Maria Augusta Santos, 65, afirma ser uma frequentadora fiel do Forró, tendo o festejo como sua programação junina insubstituível. Ela destaca ainda que é o lugar onde se sente a vontade para “forrozear”, acompanhada ou não.  

“Eu participo sempre, principalmente do Arraial. Isso aqui é bom demais! Eu me sinto muito feliz e a vontade para dançar, seja sozinha ou com algum cavalheiro. Todo ano venho com minhas amigas. Uma coisa que gostei na estrutura desse anos é que o Arraial da Clemilda ficou mais próximo do palco principal, ficou maravilhoso. Vim nas duas noites de São João e o São Pedro aqui também é garantido”, garante.