A Prefeitura de Aracaju, por meio do Núcleo Ampliado de Saúde da Família da 2ª Região (Nasf 2) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, celebrado no próximo dia 27, promoveu reuniões, nesta terça e quarta-feira, dias 24 e 25, sobre o tema nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Geraldo Magela e Humberto Mourão, do bairro São Conrado.
As atividades objetivaram discutir os principais desafios da doação de órgãos no Brasil e esclarecer dúvidas da população sobre o assunto. O coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, Benito Fernandez, foi convidado pelo Nasf 2 e conversou com profissionais de saúde e usuários das UBS.
“Precisamos conversar sobre doação de órgãos e tecidos com as pessoas, principalmente com os trabalhadores da saúde para que eles possam ser multiplicadores, porque existem muitas pessoas em Sergipe e no país que necessitam de um transplante. Depois de transplantados eles vão precisar dos serviços das unidades de saúde para continuar os procedimentos necessários”, explicou o coordenador, acrescentando que em Sergipe só existem 10 doadores de órgãos por ano porque as famílias não permitem a doação quando uma pessoa tem uma morte encefálica.
Importância
A psicóloga do Nasf 2, Lyvia de Jesus, considerou muito importante a conversa com os trabalhadores das UBS por sensibilizá-los sobre a doação de órgãos. “Os profissionais de saúde, principalmente os agentes comunitários de saúde (ACS), que têm mais contato com as pessoas, podem conversar com a comunidade para que tenhamos mais pessoas disponíveis para doar órgãos e tecidos nas famílias. Isso é um ato de amor ao próximo, é ajudar a salvar a vida das pessoas”, enfatizou.
O usuário da UBS Geraldo Magela, Raimundo Mendes Nascimento, está na lista de espera de um rim para transplante. Após participar da reunião, ele destacou a importância da realização do evento. “Eu irei fazer o transplante em São Paulo porque aqui ainda não é feito. Então eu soube que o coordenador estadual da Central de Transplantes estava aqui, aproveitei, vim tirar dúvidas e participei da atividade que foi muito boa, bastante esclarecedora”, disse.
A agente comunitária de Saúde da UBS Humberto Mourão, Maria Lúcia Souza Santos, também falou sobre o evento e a responsabilidade de se tornar uma doadora de órgãos. “Eu mesma estou mobilizadíssima para ser doadora, primeiro serei de medula. Muitas pessoas não são doadoras por falta de informação, por isso quando ouvimos o profissional falar nós entendemos a real necessidade e a forma mais prática de se doar. E o que é mais importante? Eu já vou passar tudo isso que aprendi para o pessoal da minha área de atuação, para os meus familiares e amigos para se sentirem mobilizados também, como eu estou neste momento”, frisou.
