No Cras do bairro Coroa do Meio, Prefeitura dialoga com gestantes sobre violência doméstica

Saúde
23/10/2019 17h04

Nesta quarta-feira, 23, o grupo de gestantes assistidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Hugo Gurgel, localizada no bairro Coroa do Meio, participou de mais um encontro promovido pela equipe que atua em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Benjamin Alves Carvalho.

Com o intuito de conscientizar as futuras mães sobre o papel delas na educação dos filhos e dos vínculos familiares criados a partir do nascimento, a área técnica do Núcleo de Prevenção de Violência e Acidentes (Nupeva) da SMS, Lidiane Gonçalves, dialogou com as gestantes sobre Violência Doméstica e Feminicídio.

“É preciso desnaturalizar as situações de violência, identificar sinais de relacionamento abusivo, romper com o silêncio, acolher as mulheres, cuidar e proteger para minimizar o seu sofrimento. Outro ponto importante discutido com as gestantes foi sobre a prevenção das violências baseado em relações e papéis de gênero. Precisamos educar nossas crianças para o afeto e respeito, e não o medo. Meninos respeitam as meninas e vice-versa. É preciso uma relação de igualdade, homens e mulheres, nos seus direitos e deveres”, defende Lidiane Gonçalves.

O grupo de gestantes se reúne quinzenalmente no Cras Benjamin Alves de Carvalho, e a cada encontro um tema diferente é discutido, com o objetivo de acolher e auxiliar as mulheres sobre questões ligadas à família, maternidade e os cuidados com a saúde.

“A violência contra a mulher é um tema necessário de tratar. E a partir dele conversamos sobre outros assuntos, como o papel de gênero, sobre como educar os filhos, o papel de cada um, com o intuito de criar uma geração que quebre esse ciclo de violência existente. Tratamos esse grupo como uma rede de apoio, porque a gente sabe a importância dele para a maternidade, principalmente para acolher a mulher nessa fase”, considera a psicóloga do Cras Benjamin Alves de Carvalho, Larissa Porto.

Aline dos Santos Menezes, que já está na fase final da gestação e vem participando ativamente dos encontros, elogiou a iniciativa, visto que sente falta desse tipo de orientação em outros ambientes de assistência.

“Considero muito importante poder participar desses encontros, porque nem sempre temos esse momento no posto de saúde ou escola. No encontro anterior a gente pode ouvir sobre como promover um ambiente familiar saudável para a criação dos nossos filhos. E esse tema de hoje também gostei bastante, porque é uma realidade vivida por muitas mulheres e precisamos estar atentas”, aprova a gestante.