Prefeito Edvaldo convoca Comitê de Crise para avaliar impactos das manchas de óleo

Agência Aracaju de Notícias
30/10/2019 13h14

O prefeito Edvaldo Nogueira se reuniu, na manhã desta quarta-feira, 30, em seu gabinete, com o Comitê de Gerenciamento de Crise para avaliar os impactos causados pelas manchas de óleo nas praias e rios da capital sergipana. Ao fazer um balanço das ações colocadas em prática desde que o desastre ambiental atingiu as praias sergipanas, no último dia 4 de outubro, o gestor elencou os pontos de destaque e reforçou a necessidade de um trabalho contínuo, diante da possibilidade do surgimento de novas manchas no litoral aracajuano.

"As equipes continuam nas ruas. Não é um problema de faz de conta, mas que necessita de efetividade e temos tido.  Esse vazamento de óleo é algo muito sério. Por isso, desde o primeiro momento a Prefeitura está em campo, trabalhando para recolher o óleo, para mapear as áreas, para limpar aquilo que é nosso e mitigar os danos. Trabalhamos muito, mas precisamos continuar firmes e fazer mais", destacou Edvaldo.

O prefeito reiterou a importância da intensificação das ações e apontou o projeto Praia Limpa como uma alternativa para esse trabalho incisivo. "Não vamos medir esforços. Se tivermos que fazer mutirões, elaborar planos com ações extensivas, vamos fazer.  O problema existe e temos que atuar para combatê-lo. Nosso projeto Praia Limpa, por exemplo já existe e é um caminho. O que precisamos fazer é redirecionar o foco para a limpeza das nossas praias. Ao invés de fazer uma campanha para manter a praia limpa, vamos nos mobilizar para a limpeza intensiva da nossa faixa litorânea", salientou.

O prefeito defendeu, ainda, a elaboração de um plano de contingência para desastres raros, como o derramamento de petróleo bruto no litoral nordestino. "Precisamos estar preparados. Fazer a nossa parte. Ninguém espera ou deseja que algo dessa magnitude aconteça, mas independente de ser uma responsabilidade nossa ou não, temos que entrar em ação. Temos que nos antever a essas situações, ainda que inesperadas. Da mesma forma que somos atuantes em situações como as chuvas, precisamos estar prontos para outros problemas. Essa triste experiência nos mostrou isso", ratificou.

Histórico

As primeiras manchas de óleo foram identificadas nas praias da capital sergipana no último dia 4 de outubro. Desde então, a Prefeitura tem trabalhado para limpar as áreas afetadas pelo vazamento minorando, assim, os danos causados. As ações contam com o envolvimento de equipes das secretarias da Defesa Social (Semdec), Meio Ambiente (Sema), da Comunicação Social (Secom), da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) e da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e incluem, além da limpeza das áreas, o monitoramento diário de 22 quilômetros de praias, por terra e ar, ações de comunicação e educação ambiental.

"O balanço mostra o que conseguimos fazer até agora, mas como essa crise permanece, a gente continua tendo manchas que chegam ao litoral, o prefeito reforçou a necessidade de intensificação das ações, reunindo os esforços que a Prefeitura pode ter e verificando como a gestão pode agir de forma mais intensiva para devolver ao litoral aracajuano as condições adequadas o quanto antes. Como o prefeito mesmo apontou na reunião, o projeto Praia Limpa pode ser redirecionado para compor as ações de intensificação. Já temos um mapa de como atuar com a segurança devida, com equipamento de proteção individual.  Então essa participação de voluntários pode ser feita de forma segura. Eles têm, efetivamente, contribuído de forma a fazer esse trabalho coletivo. Com a praia limpa vamos poder, de maneira responsável e segura, aumentar a participação da sociedade nesse projeto", frisou o secretário do Meio Ambiente, Alan Lemos.

Participaram da reunião os secretários Jorge Araújo Filho (Governo), Alan Alexander Lemos (Meio Ambiente), Renato Telles (SMTT), Luiz Roberto Dantas (Emsurb),  Sérgio Ferrari (Emurb), Nildomar Freire (Gabinete), Luiz Fernando Mendonça (Semdec), major Silvio Prado (Defesa Civil), Antônio Bittencourt (Assistência Social), Marlysson Magalhães (Semict) e Carlos Noronha (adjunto da Saúde).