Ação comunitária reúne população e órgãos públicos no Cras Risoleta Neves, no Cidade Nova

Assistência Social e Cidadania
26/11/2019 15h50

Em alusão ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, nesta terça-feira, 26, foi realizada no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Risoleta Neves, no bairro Cidade Nova, a ação comunitária “Violência não combina com Amor”. Um trabalho de conscientização e apoio da Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, para valorizar e garantir os direitos da mulher.

De acordo com a secretária adjunta da Assistência Social de Aracaju Simone Passos, durante todo o ano são desenvolvidas ações de prevenção e combate à violência contra a mulher, mas, neste período, as atividades são intensificadas.

“A secretaria tem a preocupação de atender mulheres vítimas de violência através dos serviços ofertados em nossos equipamentos durante todo o ano. Hoje, reunimos diversos órgãos da administração pública e do governo para apresentar a toda comunidade que existe uma rede de apoio que trabalha em conjunto com o objetivo de combater a violência contra as mulheres no município de Aracaju. Homens, mulheres e crianças saíram daqui como multiplicadores das informações para seus parentes, vizinhos e amigos para dizer não à violência contra a mulher”, destacou Simone.

O evento também faz parte do cronograma dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que começou no dia 25 de novembro e é uma campanha internacional que concentra esforços no combate à violência contra a mulher.  De acordo com o coordenador do Cras Risoleta Neves, Reginaldo Vieira,  a atividade é uma ação do Serviço e Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) que busca resgatar e atentar aos direitos do público feminino em situação de vulnerabilidade social.

“A partir de dados levantados pela Coordenadoria de Vigilância Socioassistencial da Assistência Social de Aracaju, descobrimos que aqui na comunidade ainda há mulheres que sofrem alguns tipos de violência. Aproveitamos a campanha internacional dos 16 dias para o Fim da Violência Contra a Mulher e realizamos essa ação comunitária”, explica Reginaldo.

Segundo dados apresentados nesta última quinta-feira, 25, pelo governo federal, 536 mulheres são vítimas de agressão física por hora no Brasil. Desses, 66% sofreram algum tipo de assédio no ano passado. O governo também informou que 70% das agressões contra a mulher ocorrem dentro de casa e 65% dos agressores são os próprios parceiros ou ex-companheiros.

Para a policial civil e assistente social de informação do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) Edna Lima, o trabalho em conjunto é fundamental para combater a violência contra as mulheres em todo o estado de Sergipe. “Precisamos estar presentes em eventos como esse porque é um momento no qual trabalhamos a prevenção da violência e estamos em contato direito com a comunidade. Sabemos da importância dos equipamentos da Assistência Social em Aracaju dentro dos bairros para prevenir e combater futuras agressões. Através deles, conseguimos fazer o encaminhamento de mulheres para as políticas públicas garantidas por direito. É um conjunto de forças governamentais e municipais que formam a rede de proteção da mulher vítima de violência”, disse Edna.

Essa ação impacta diretamente na vida das mulheres que participam das atividades no Cras, como a dona de casa Jézica Silva, 33, mãe de quatro filhos. “É importante que a gente conheça os nossos direitos e saiba como se comportar, aquela velha história de que briga entre homem e mulher, não se mete a colher é errada, tem que meter a colher, sim, pois isso pode salvar a vida de uma mulher vítima de violência. Já fiz uma denúncia e consegui mudar a situação de vida de uma pessoa que sofria violência doméstica”, declarou Jézica. 

Além dos departamentos da Assistência Social de Aracaju, estiveram presentes representantes da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat), Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), Guarda Municipal de Aracaju (GMA), com a Patrulha Maria da Penha, Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Cidade Nova, escolas públicas, além dos usuários de outros Cras no município e moradores da comunidade.