Prefeitura aplica inseticida residual em locais vulneráveis ao Aedes aegypti

Agência Aracaju de Notícias
10/12/2019 05h30

No âmbito das ações contínuas de combate ao Aedes aegypti, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realiza a aplicação de um inseticida residual em pontos estratégicos considerados vulneráveis e receptíveis ao mosquito, a chamada borrifação.

Parte do Programa Municipal de Controle da Dengue, a borrifação objetiva eliminar criadouros do mosquito em locais como ferros velhos e grandes galpões. De acordo com o supervisor municipal de endemias, José Bonfim Oliveira, o tempo médio de aplicação do produto residual, antes com periodicidade mensal, foi alterado recentemente, passando a ser aplicado a cada 15 dias, para intensificar a ação.

“Em alguns casos, estamos fazendo quinzenalmente, pois estamos percebendo que uma vez ao mês ainda está dando chances ao mosquito. Como é uma ação adulticida, não elimina as larvas, só os mosquitos adultos, então estamos encurtando esse prazo. Estamos fazendo, a cada quinze dias, em ferros velhos, em locais onde há concentração maior de criadouros”, explica Bonfim.

Em Aracaju, 84 pontos estratégicos estão cadastrados para receber a ação de aplicação do inseticida. Com uma ação máxima de 30 dias em locais abertos e que sofrem ação do tempo, a borrifação é feita por cerca de quatro agentes de endemias e, diferente do fumacê costal, é aplicada para que o mosquito ao pousar no local onde foi borrifado o inseticida, entre em contato com o produto e morra em pouco tempo.

“Nós fazemos o fumacê e a aplicação do inseticida residual. O fumacê trata-se de partículas que pegam o vetor no ar, imediatamente. Já o residual é o inseticida que fica impregnado nos ferros velhos, para que o mosquito, ao pousar seja eliminado”, pontuou o supervisor de endemias, ao diferenciar a ação de cada produto aplicado.

Para a aplicação do produto, são escolhidos os locais denominados como vulneráveis, pois, de acordo com o supervisor de endemias, são locais a céu aberto com grande facilidade para acúmulo de água, e se tornando criadouros permanentes. “Temos que estar permanentemente fazendo esse trabalho e eliminando os mosquitos, porque daqui eles saem para as residências para se alimentar de sangue. Fazemos isso em ferro velho, grandes construtoras, qualquer local que tenha uma concentração maior de criadouros”, frisa Bonfim.

Adriano Oliveira é um dos agentes de endemias responsáveis pela aplicação do inseticida residual. Devidamente equipado e protegido, ele detalha o procedimento de aplicação do produto. “A gente aplica o inseticida na parede ou no recipiente onde o mosquito possa vir a pousar e desovar. A partir daí o inseticida vai agir, fazendo com que o mosquito ao pousar se destrua”, pontua.

O agente Adriano ressalta ainda outra função do inseticida residual aplicado no processo de borrifação. “A borrifação do inseticida tem ação também nos ovos que, se são colocados em locais onde há a presença do residual, podem nascer enfraquecidos e com tempo de vida mais curto”, destaca.