Prefeitura realiza VIII Fórum Perinatal de Aracaju e discute garantias e avanços

Saúde
13/03/2020 16h20

Com o objetivo de discutir temas relacionados às mulheres, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promoveu, nesta sexta-feira, 13, no auditório da sede da SMS, o VIII Fórum Perinatal.
 
Com o tema Histórias de mulher: garantias e avanços, o encontro reuniu representantes de instituições que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) de Aracaju, movimentos sociais, maternidades, associações e comunidade acadêmica. 

O Fórum também constitui soluções para os problemas de forma pactuada, chamando para cada membro sua responsabilidade e destacando a importância das mulheres. O evento foi aberto com uma apresentação musical dos alunos do Centro de Excelência Secretário Francisco Rosa.

“A ação se constitui em um espaço coletivo, plural, gestor e interinstitucional, na qual se firmam acordos éticos com instituições, conselhos e sociedade civil para a promoção da saúde e qualidade de vida da mulher. Neste fórum, incentivamos a prática, que pode garantir uma vida saudável e um melhor desenvolvimento, empoderando as mulheres”, explicou a coordenadora da Área Programática e Estratégica (APE), Kamila Fialho.

Importância
Durante o evento, foi destacado, dentre outros temas, a importância também da conscientização sobre a violência obstétrica. “Com o objetivo de reduzir os casos desse tipo de violência, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma declaração para prevenção e eliminação de abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto em instituições de saúde e, nesta declaração, destacou que no mundo inteiro muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto nas instituições de saúde”, enfatizou a coordenadora da Rede de Atenção Primária (REAP) Monalisa Fonseca. 

De acordo com a enfermeira Izabelita Alves de Araújo, é preciso investir no empoderamento feminino, na educação da menina e também do menino, da adolescente, para que a mulher engravide quando ela quiser, mas com orientação. “Muitas pessoas nem conhecem o termo ‘violência obstétrica' e muitas vezes a sociedade associa violência a hematoma, pancada, e é um conceito para além disso. A violência obstétrica pode acontecer em três momentos ao longo da gestação e nascimento do bebê. Tem a que acontece durante a gestação, a que acontece durante o parto e também em situação de abortamento. Para todos eles, é preciso que a mulher tenha conhecimento dos seus direitos e saiba cobrá-los sempre que necessário", esclareceu.

Também em pauta esteve a garantia e os avanços na maternidade no cuidado do parto. De acordo com a enfermeira da Maternidade Santa Izabel, Luciana Moraes Valentim, são muitas as situações pelas quais as gestantes passam e, por se tratar de um momento muito frágil, muitas delas simplesmente se calam, ou por não terem conhecimento dos seus direitos, ou por temerem que sejam ainda mais maltratadas, ou, ainda, por estarem tão vulneráveis, não têm estímulo para falar. "Lá na Maternidade já avançamos muito no acolhimento das mães, no cuidado do parto”, afirmou.