Euclides Figueiredo: Emurb e Defesa Civil alinham ações com empresa responsável por obra interditada

Obras e Urbanização
24/04/2020 13h41

Após identificar, na manhã desta sexta-feira, 24, que parte do material de uma obra da AC Engenharia – construção de um condomínio - foi carreado pelas chuvas ocorridas nas últimas 24h em Aracaju e ocasionou um dos principais fatores que impediram o fluxo das águas pluviais para a rede de drenagem subterrânea na avenida Euclides Figueiredo, no ponto conhecido por "Maria Gorda, a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) e a Defesa Civil de Aracaju se reuniram com a empresa responsável pela obra para pactuar ações preventivas e restaurativas a fim de evitar futuros episódios semelhantes.

Depois de uma inspeção no local, técnicos da Emurb e da Defesa Civil comprovaram que um talude e a falta de impermeabilização na parte frontal da obra foram responsáveis pela condução das lâminas de água, argila e resto de material utilizados em obras desta natureza. Também foi expedido um auto de interdição para que os empreiteiros façam as adequações recomendadas, seja com a construção de um muro de contenção ou até uma lagoa de amortização.

Ainda na manhã desta sexta-feira, o secretário municipal da Infraestrutura, Sérgio Ferrari, foi à Euclides Figueiredo e em seguida participou do encontro , quando foi taxativo ao enfatizar a capacidade de vazão do novo sistema de drenagem da avenida, mas faz ressalvas quanto ao carreamento de sedimentos que ainda chegam à via.

"A obra de drenagem da Euclides Figueiredo já está concluída e durante outras precipitações com a mesma força suportou as águas das chuvas, mas o que ocorreu especificamente neste caso é que o material deste condomínio acabou sendo levado para a avenida", explicou Ferrari, ao destacar que, mesmo assim, "o tempo de permanência das águas na superfície não foi duradouro".

Presente à reunião, o engenheiro Gustavo Chagas, representante da AC Engenharia, falou do compromisso em adotar as recomendações feitas na reunião. "Vamos cobrir um talude com uma lona plástica a fim de evitar os impactos da chuva e um possível carreamento, como também fazer uma espécie de isolamento com pedras nos locais instáveis", garantiu.

Para o diretor de Urbanismo da Emurb, Avilé Dantas, a reunião foi esclarecedora e norteou as ações a serem tomadas a partir de agora. "Logo que percebemos de onde partiu o problema comunicamos aos responsáveis técnicos e deliberamos, junto com o secretário Ferrari, que a empresa fosse mais diligente neste período de chuvas", afirmou Avilé.

Na avaliação do coordenador da Defesa Civil Municipal, major Sílvio Prado, a vistoria ao local foi decisiva para a adoção das medidas. "Não há risco à população e o que houve foi que a chuva trouxe para a Euclides material da obra particular e foi o que pesou para a existência da pontual retenção das águas. Mas com as providências a serem tomadas pela empresa aguardamos que não ocorra mais", afirmou.