Prefeitura garante logística para retorno seguro das famílias ao Largo da Aparecida

Assistência Social e Cidadania
26/05/2020 15h00

Após as fortes chuvas que caíram na capital sergipana na semana passada, as famílias residentes no Largo da Aparecida e em regiões próximas, no bairro Jabotiana, começaram a retornar a suas casas nesta terça-feira, 26. De forma preventiva, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, transferiu na quarta-feira (20) cerca de 108 pessoas, dessas 44 famílias, para um hotel na capital, devido ao risco de transbordamento do rio Poxim Mirim, que verteu ao atingir sua capacidade máxima. 

De acordo com a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, a administração municipal se antecipou ao transbordamento do rio e desenvolveu uma ação de sensibilização junto à população, por meio da Defesa Civil de Aracaju, para que idosos, pessoas com deficiência e com dificuldade de locomoção (gestantes e famílias com crianças) aceitassem ir para um local seguro, preparado pelo Município. Com o escoamento da água no Largo da Aparecida, as casas vêm sendo preparadas para receber os moradores.

“Sabemos que o ambiente ainda está insalubre, por isso, antes deles voltarem, pedimos para cada integrante da família vir ao local abrir suas casas e para fazermos a limpeza e desinfecção. Algumas já retornaram por vontade própria, mas a previsão é que todas elas já estejam em seus lares nesta quarta-feira, dia 27. O trabalho não para, vamos continuar assistindo a essas pessoas, apoiando no que for necessário. Iniciaremos a concessão de alguns benefícios eventuais, como cestas básicas e doação de materiais de higiene e limpeza”, explicou a secretária Simone Passos.

De maneira integrada, as equipes da gestão municipal atuaram antecipadamente para garantir a integridade física dos moradores e salvaguardar seus bens materiais, durante as chuvas que caíram na semana passada. Os pertences das famílias foram recolhidos pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb)  e levados para um galpão da Prefeitura. Segundo o presidente da empresa, Luiz Roberto Dantas, além dos serviços essenciais realizados no local, os móveis também passarão por desinfecção.

“Rotineiramente, já fazemos um trabalho preventivo de limpeza em todos a capital, assim como no Largo da Aparecida, no que diz respeito à varrição, limpeza de bueiros, canais e outros tipos de serviços. Devido ao transbordamento do leito, a Emsurb passou a fazer uma ação reativa com a lavagem e desinfecção de ruas, casas e móveis dessas famílias que foram atingidas, para que possam retornar ao ambiente limpo e higienizado”, destacou.

A elevação da vazão de água do rio Poxim Mirim foi comunicada no início da tarde de quarta-feira (20) pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), que administra a barragem. Prontamente, as equipes da Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec) passaram a monitoram toda a área para identificar os possíveis riscos e definir ações preventivas e de atendimento à população da região. 

“Há três anos, acompanhamos essas enchentes aqui no Largo da Aparecida, tempo suficiente para diagnosticarmos a probabilidade de transbordamento do rio nesse local. Um dia antes de haver o extravasamento, iniciamos o processo de convencimento dos moradores. Posteriormente, o que já estava previsto aconteceu, mas os danos foram reduzidos por causa de uma força-tarefa realizada pelas secretarias municipais, acionada pelo Comitê de Gerenciamento de Crise da gestão municipal. Além de dar assistência para as 44 famílias, também solicitamos o desligamento da energia elétrica, por ser um excelente condutor de eletricidade e oferecer risco às pessoas. Continuamos monitorando o local, dia após dia, para atuarmos, no menor tempo possível quando necessário, e fazer com que essas pessoas voltem na mesma condição que saíram, com seus móveis resguardados e suas casas limpas”, destacou o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, da Semdec, Major Sílvio Prado.

A doméstica Maria José dos Santos foi uma das moradoras que teve a sua casa alagada. Há uma semana, ela está em acolhimento no hotel, com seu neto e sua filha. “Aceitei ir porque era um ambiente melhor para mim e meus meninos. Antes disso acontecer, recebi o alerta de chuvas e preferi levar os meus móveis para casa de um parente, próximo daqui. Agora, voltei para abrir minha casa para a equipe fazer a limpeza”, disse.

A dona de casa Jadislaine Fontes tem quatro filhos pequenos e todos a acompanharam na ida para o hotel. “Gostei da preocupação da Prefeitura que nos tirou antes mesmo de alagar. Se eu não tivesse apoio, ia perder tudo e nesse ano, não perdi nada. Os meus móveis também não ficaram aqui. Depois que realizarem a limpeza, vou trazer meus filhos e tudo vai voltar ao normal”, falou.