Em parceria com a UFS, Prefeitura testa pessoas em situação de acolhimento

Assistência Social e Cidadania
14/07/2020 15h30

A partir uma parceria entre a Secretaria Municipal da Assistência Social e a Universidade Federal de Sergipe, a Prefeitura de Aracaju disponibilizou 100 testes - rápidos e sorológicos - para detecção de covid-19 entre as pessoas em situação de rua que estão nas unidades de acolhimento emergencial do Município e também nos abrigos Caçula Barreto e Sorriso, unidades de acolhimento institucional destinadas às crianças e adolescentes que tiveram os vínculos familiares rompidos.

A ação faz parte do Projeto ‘Força Tarefa’, idealizado pela UFS, que conta com o auxílio de professores da instituição e dos alunos de graduação dos cursos de Farmácia, Enfermagem, Biologia e de outros cursos da área da saúde, que realizam os testes e fazem parte de um núcleo de pesquisa responsável por mapear o desenvolvimento do vírus na capital sergipana.

Com esses testes será possível identificar se as pessoas testadas são portadoras do vírus ou se já criaram anticorpos para a doença. De acordo com a bióloga e professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Daniele Raguee, a realização desses testes é importante devido à necessidade de salvaguardar a saúde dessas pessoas que se encontram ainda mais vulneráveis.
 
“São testes capazes de identificar a presença do vírus, bem como dos anticorpos, caso essa pessoa já tenha sido contaminada. O nosso projeto vem com o intuito de prevenir e, consequentemente, contribuir com a diminuição do contágio e controle da doença entre essa parcela da população”, explica Daniele. 

Além dos usuários dos serviços, os testes foram realizados também com os trabalhadores que lidam diretamente com essas pessoas. O Acolher, unidade da Assistência Social de Aracaju que oferta serviço de acolhimento institucional à população em situação de rua, foi uma das unidades beneficiadas com a ação.

Para a coordenadora do Acolher, Fernanda Fraga, essa ação de testagem dos usuários e profissionais da casa é fruto do compromisso da gestão e da universidade pública, que vem prestando um importante serviço de extensão.

“Essa já é a segunda vez que a UFS realiza o teste em nossa unidade. Esse monitoramento faz com que tenhamos mais segurança em nossos afazeres, enquanto profissionais, bem como traz uma tranquilidade para o nosso usuário que, muitas vezes, sente uma insegurança em meio à pandemia. A ação mostra a preocupação tanto da gestão, como da instituição educacional, para com os trabalhadores e usuários da política pública da Assistência Social”, destaca Fernanda.
 
O projeto também garante um momento de orientações para as pessoas testadas, a exemplo de dicas de prevenção e o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, ao final do teste, cada pessoa que se submeteu à testagem recebeu uma máscara de proteção.
 
Todos os resultados estarão disponíveis em um prazo de 24 horas. Para o estudante de Farmácia da UFS, Igor Leonardo Santos Matos, fazer parte do projeto tem sido gratificante. “Está sendo uma grande experiência para nós enquanto estudantes, pois estamos colocando em prática aquilo que aprendemos na sala de aula. Para mim é um prazer poder contribuir de alguma forma em um momento tão delicado como este”, opinou Igor.