Prefeitura dedica atenção especial a gestantes e bebês no enfrentamento à covid-19

Agência Aracaju de Notícias
06/08/2020 04h10

Com o avançar da pandemia e novos estudos a respeito do novo coronavírus, pode-se constatar que ninguém está imune a esse patógeno. Assim, para evitar o contágio, todos, indistintamente, devem seguir as recomendações das autoridades sanitárias. No entanto, há grupos em que a atenção deve ser ainda mais acurada, a exemplo de gestantes e bebês. De modo a ampliar a atenção para esses dois públicos, a Prefeitura de Aracaju divulgou uma cartilha desenvolvida pela Sociedade Sergipana de Pediatria para melhor orientar a população acerca de cuidados preventivos ao novo coronavírus.

É destaque comum entre especialistas que os cuidados com relação à higiene e ao uso de máscara deve ser indiscriminado, ou seja, independente do grupo a que pessoa faça parte, essa orientação deve ser seguida à risca como forma de prevenção e para evitar a proliferação do vírus. Portanto, partindo da fase gestacional, as grávidas devem manter atenção constante.

Segundo o pediatra e referência técnica em Pediatria Byron Ramos, assim como o pré-natal deve ser realizado rigorosamente, também os cuidados com relação à covid-19 devem ser tomados com igual rigor.

“A mulher deve ter o acompanhamento médico constante em todas as fases da gestação para se manter saudável e assegurar a saúde do bebê. Com relação à covid, esse tratamento não é diferente. Assim como as demais pessoas devem fazer a correta higienização e fazer o uso de máscara, as grávidas têm que seguir da mesma forma e, claro, manter o distanciamento social e, na medida do possível, ficar em casa”, orienta o médico.

Com a aproximação do parto, outro ponto demanda atenção, ressalta o especialista: o local onde a mãe dará à luz. De acordo com o pediatra, todo o ambiente do hospital/maternidade deve ser preparado para o parto em condições extremas, como é o caso de uma pandemia.

“Em Aracaju, o Município dispõe das maternidades Nossa Senhora de Lourdes e Santa Isabel. Nestes locais, devido à grande quantidade de parto que realizam, sobretudo o Santa Isabel, os cuidados vão desde as instalações até a paramentação das equipes de assistência. Ao contrário do que acontecia quando não havia pandemia, as visitas não devem acontecer, não com a mesma intensidade. É claro que os familiares desejam visitar, mas essa conduta deve ser suprimida, por enquanto. Além de hospitais serem locais em que pode haver grande incidência do vírus, devido à quantidade de pessoas que circulam, os cuidados precisam ser tomados para que, nem a mãe e nem o bebê sejam expostos a risco de contrair a doença”, enfatizou Byron Ramos.

Da mãe para o bebê
De acordo com o Ministério da Saúde, no momento, não há evidências suficientes para determinar se o vírus é transmitido da mãe para o bebê durante a gravidez ou o impacto potencial que isso pode ter no bebê. No entanto, as mulheres grávidas devem continuar a seguir as precauções apropriadas para se proteger da exposição ao vírus e procurar atendimento médico o quanto antes se tiverem sintomas como febre, tosse ou dificuldade em respirar, como alerta a infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Fabrízia Tavares.

"É o que chamamos de transmissão vertical do vírus, ou seja, pela placenta de mães grávidas para seus bebês. A gente orienta que as mães que apresentarem algum tipo de sintoma, que utilizem máscara, ou, nesse momento, as mães que estão em isolamento, utilizem as precauções respiratórias também na hora da amamentação, evitar falar em cima do bebê e, se possível, usar máscaras na hora da amamentação", diz Fabrízia.

Conduta em casa

O pediatra Byron Ramos ressalta que é preciso preparar um ambiente limpo e higienizado em casa. “As recomendações dadas à população são as mesmas orientadas a famílias com bebês. A higienização dos espaços, dos utensílios utilizados para os cuidados com o bebê, por exemplo, são orientações básicas. Bem como as visitas na maternidade, em casa elas também devem ser evitadas, afinal, a principal e mais importante recomendação é pelo distanciamento social”, recomenda.

 

Segundo ele, ainda, que não seja muito comum, bebês também contraem covid-19. “É raro acontecer uma evolução para a forma mais grave da doença, mas, já foram registrados casos. Além disto, mesmo que bebês apresentem, normalmente, sintomas mais leves, eles podem transmitir a doença, ou seja, os cuidados devem ser os mesmos”.

Vacinação
Manter o calendário vacinal atualizado durante a pandemia é fundamental, como a aponta a cartilha divulgada pela Prefeitura. “Não podemos esquecer que existem outras doenças além da covid-19, portanto, a imunização deve ser mantida. É importante se manter informado sobre o calendário vacinal e, quando for o período para as vacinas, os pais ou responsáveis devem levar os bebês e crianças para serem imunizados. No entanto, caso haja suspeita ou confirmação da doença causada pelo coronavírus, não devem comparecer às unidades de saúde para evitar a disseminação do vírus, até que ultrapasse o período de 14 dias de isolamento”, orienta o pediatra.

Crianças entre 6 meses e 6 anos incompletos ou, a partir de 6 anos de idade, com doenças crônicas ou condições clínicas especiais, devem receber a vacina contra influenza (gripe).

Atendimento

Ao apresentarem sintomas leves de síndromes gripais, por exemplo, a orientação é buscar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que foram adaptadas para serem referência a esse tipo de atendimento: a UBS Augusto Franco, localizada no conjunto Augusto Franco; UBS Geraldo Magela, no conjunto Orlando Dantas; UBS Ministro Costa Cavalcante, no Inácio Barbosa; UBS Fernando Sampaio, no Castelo Branco; UBS Cândida Alves, no Santo Antônio; UBS Eunice Barbosa, no Coqueiral; UBS José Machado de Souza, no Santos Dumont, e a UBS Onésimo Pinto, no Jardim Centenário.

As UBS são a porta de entrada para a rede municipal. No entanto, se apresentar sintomas e tiver comorbidades, é preferível que busque uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que pode ser tanto a Fernando Franco (zona Sul) quanto a Nestor Piva (zona Norte), destinadas ao atendimento de casos mais graves.

O cidadão também pode buscar atendimento via MonitorAju, disponível no 0800 729 3534, pelo site da Prefeitura ou ainda no desembarque de passageiros no aeroporto da capital. A central de monitoramento dos casos suspeitos e confirmados funciona de domingo a domingo.