Segurança alimentar e nutricional de crianças e adolescentes em situação de acolhimento é garantida

Assistência Social e Cidadania
02/12/2020 16h29

Além de cuidar, em tempo integral, de crianças e adolescentes em situação de acolhimento nas unidades socioassistenciais, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Gerência de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria Municipal da Assistência Social, também se preocupa em garantir o acesso de meninos e meninas a uma alimentação de qualidade. Para isso, o departamento responsável desenvolve diversas atividades não apenas em equipamentos da Proteção Social Especial (PSE) de Alta Complexidade, mas em todos os níveis da Proteção Social. 
 
Diferente de um nutricionista clínico, que elabora dietas para um único indivíduo, o nutricionista social tem a função de coordenar, supervisionar, avaliar os serviços de nutrição, prestar assistência dietoterápica (ciência da nutrição que se dedica às dietas específicas para cada enfermidade), promover a educação alimentar e nutricional para a coletividade, atuar no controle da qualidade de gêneros e produtos alimentícios e participar de inspeções sanitárias. 

De acordo com a gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da Assistência Social do município, Leila Gomes, é realizado um mapeamento do estado nutricional dos usuários dos Abrigos e Casas Lares da capital. 
 
“Temos um olhar mais delicado para os acolhidos da Alta Complexidade. Através do trabalho de ampotometria, fazemos a medição do peso e altura para sabermos se estão adequados para a idade. Conseguimos atender cerca de 98% desses usuários neste ano. A partir das informações obtidas, analisamos os resultados que servem como base para futuras ações e na elaboração dos cardápios enviados mensalmente para adaptarmos a alimentação com as especificidades de cada lugar” explicou. 

Segundo a gerente, são feitas capacitações de boas práticas de manipulação de alimentos para os manipuladores nas unidades. 
 
“Todos os anos, fazemos esse acompanhamento com cozinheiros e cuidadores para que eles saibam higienizar e manipular o alimento da forma correta. Assim, conseguimos garantir um alimento seguro, livre de qualquer tipo de contaminação. Tentamos oferecer uma alimentação equilibrada e saudável porque muitos deles saem do seio familiar com hábitos de consumir alimentos industrializados e variamos o cardápio para que eles acessem todos os tipos de nutrientes como vitaminas, mineiras, fibras, entre outros”, completou Leila.

A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), garante a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. 
 
Na capital sergipana, também é desenvolvido o monitoramento e fiscalização das empresas que fornecem refeições nos equipamentos, elaboração de cardápios, respeitando as necessidades nutricionais e restrições alimentares dos usuários das unidades socioassistenciais, planejamento de licitações com alimentos que respeitem o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), garantindo a segurança Alimentar e Nutricional dos acolhidos, atuação conjunta com a agronomia no Projeto Cultivando Cidadania, desenvolvido pelo município de forma pioneira, com o objetivo de implantar hortas agroecológicas e outros cultivos nos espaços públicos e comunitários, visando a geração de renda de famílias inseridas no Cadastro Único, no programa Bolsa Família e grupos vulneráveis, palestras e oficinas sobre alimentação saudável, prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e promoção da saúde nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) com crianças, adolescentes, adultos e idosos. 

Para a gerente de Segurança Alimentar e Nutricional da administração municipal, a educação alimentar é importante não só para os acolhidos pelas unidades socioassistenciais, mas para a sociedade em geral. 
 
“O nosso papel é mostrar às pessoas quais os caminhos devem seguir, levando informações sobre tudo que envolve a alimentação, como o cultivo, manuseio, preparação, desperdício e reaproveitamento com atividades socioeducativas como rodas de conversa, oficinas e palestras para que eles aprendam a fazer boas escolhas e sejam saudáveis”, finalizou Leila Gomes.