Com medidas de biossegurança, escolas municipais adaptam formaturas de alunos

Educação
19/01/2021 11h34

Beca azul, sorriso pra foto e orgulho dos pais por uma etapa concluída na vida escolar dos filhos. Por outro lado, álcool em gel, cumprimentos distantes e toda uma escola adaptada à nova realidade, ocasionada pela pandemia. As tradicionais formaturas, que marcam os finais de anos letivos nas escolas municipais de Aracaju, aconteceram de forma tímida e cautelosa, mas sem perder a essência.

Na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Ana Luíza Mesquita Rocha, 66 alunos concluíram o pré-escolar e ingressarão no Ensino Fundamental. Para celebrar essa transição tão importante na vida escolar da criança, e também a pedido dos pais, a unidade de ensino organizou, de forma segura, a ida dos alunos à escola para fazerem a famosa foto com a beca.

Os horários foram organizados para que não houvesse aglomeração. Cada turma em um horário diferente, um por um, os alunos vestiam a beca, previamente higienizada e com ajuda apenas do pai ou da mãe, sem contato com funcionários da escola, e tiravam fotos sozinhos ou apenas com os pais, registrando o momento.

“Os pais sempre ficam ansiosos pela formatura. Muitos alunos estão aqui na escola desde a creche, então tem uma história aqui dentro e os pais já matriculam pensando na formatura quando eles tiverem 5 anos. Fizemos uma reunião remota com esses pais e lançamos a ideia de fazer esse momento de fotos e a maioria aprovou a iniciativa, teve até mãe que contou que iria realizar um sonho vendo o filho de beca”, explica a diretora da Emei Ana Luíza Mesquita Rocha, Érica Rejane dos Santos

Para que tudo ocorresse da forma mais tranquila possível, a direção da escola organizou um roteiro para que não houvesse contato próximo entre os estudantes. “Quando o aluno chega, vai vestir a beca com a ajuda do pai ou do responsável que o levou, sempre usando máscara. Fizemos dois painéis para as fotos justamente para não aglomerar. Depois das fotos, eles tiram a beca em uma sala específica e guardam em um saco já separado para isso e depois que está na saída, já separado e com a embalagem higienizada e vão para casa”, finaliza Érica. 

Na Emei José Garcez Vieira, a sessão de fotos do final do ano letivo também foi adaptada para dezenas de alunos que se formaram na Educação Infantil. O álcool em gel e o distanciamento social foram importantes para a realização do encontro, que também ajudou as crianças a matar um pouco a saudade da escola, de onde estão afastadas desde março, com o início da suspensão das aulas presenciais ocasionada pela pandemia.

A produtora de vídeo Manu Santiago, mãe de dois alunos matriculados na Emei Garcez Vieira, tinha o desejo de registrar a transição na vida escolar dos filhos gêmeos, no entanto, acreditava que seria impossível por conta da pandemia.
 
“Parabenizo a Semed pela iniciativa de fazer o registro da formatura do ABC. Tínhamos programados um festão. Infelizmente, não pudemos realizar por conta da pandemia. Eu queria muito registrar este momento, alugar de forma voluntária a beca e fazer as fotos em casa. Mas a escola fez. A decoração, a disponibilidade da beca, fotos profissionais e lembrancinhas. O reencontro dos meus filhos com os colegas por alguns instantes foi maravilhoso. Eu desabei. Desabei porque os vi crescendo ali com todo suporte para um bom desenvolvimento. Desabei porque a vida deles não seria mais em comum e cada um seguiria seu rumo”. 

A auxiliar de cozinha Ivanilda Barbosa de Oliveira conta que não teve receio de levar o filho de seis anos para a sessão de fotos. “Eu não tive medo porque sei que tudo seria feito com a maior responsabilidade. E assim está sendo, com um cuidando dos outros, todos de máscara. Meu filho estuda aqui desde os três aninhos e foi muito importante para a saída dele dessa escola não passar em branco. Está tudo muito bonito e organizado”, parabeniza Ivanilda.