O prefeito Edvaldo Nogueira participou, na noite da terça-feira, 16, de reunião virtual, promovida pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), com organizações internacionais para tratar do "Conectar", consórcio dos municípios brasileiros para a compra de vacinas contra a covid-19. O grupo, que deverá congregar 3 mil cidades, foi representado na videoconferência por Edvaldo, pelo prefeito de Recife (PE), João Campos, e pelo presidente da FNP, Jonas Donizette. Eles expuseram o projeto a representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
"O nosso objetivo é fortalecer o consórcio, para que a vacinação avance no Brasil. Não é um fator desagregador. É para somar esforços para que possamos avançar na vacinação com a rapidez que o momento exige. Precisamos comprar vacinas rapidamente visto que, quanto mais rápido vacinarmos a população, mais rápido superaremos esta doença. Cerca de 3 mil municípios integrarão o nosso consórcio, demonstrando a seriedade deste projeto. A reunião com o PNUD e a OPAS foi importante, pois são nossos parceiros e possuem larga experiência e relacionamento com os países, com as organizações de todo o mundo e poderão nos ajudar efetivamente", destacou Edvaldo.
O prefeito de Recife, João Campos, reafirmou o que foi dito por Edvaldo. O gestor reforçou que os municípios "estão prontos para vacinar" e aguardam tão somente a chegada de mais doses dos imunizantes para avançar neste processo. "Foi uma reunião muito produtiva e elucidativa sobre os próximos passos que daremos para comprar as vacinas", disse. "Nós, prefeitos, temos que promover a solidariedade federativa. Temos que trabalhar pela imunização da população brasileira, inclusive auxiliando outras cidades", enfatizou Campos.
De mesmo modo, o presidente da FNP, Jonas Donizette, enfatizou que a "disponibilidade da OPAS e do PNUD é fundamental para avançarmos na negociação com os laboratórios e com os países que já adquiriram mais vacinas do que o necessário para imunizar sua população, como ocorre nos Estados Unidos e no Canadá. Vamos precisar de toda a colaboração possível", afirmou.
Representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross elogiou os esforços dos municípios para aquisição de vacinas e reiterou que a organização "fará tudo o que puder para ajudar". "A vacina é um importante instrumento para vencer este difícil momento, especialmente para evitar as mortes. Queremos ajudar vocês no que precisarem: seja com esclarecimentos, negociação, aquisição de seringas e outros aspectos que envolvam o consórcio", completou.
Da mesma forma, a representante do PNUD, Katyna Argueta, definiu o encontro como o "início de uma parceria para somar esforços em prol da vacinação no Brasil". "Nesse momento de crise temos que gerar respostas que permitam a continuação das atividades econômicas e proteger, sobretudo, às populações mais vulneráveis. Esse é um problema que atinge o mundo todo e por isso é preciso perceber o mercado internacional. Nosso papel é maior com a recuperação e o pós-pandemia e menos com a vacinação, mas podem contar conosco", enfatizou a representante.
Os municípios brasileiros têm até o dia 19 para aprovarem a autorização de participação no consórcio para a compra das vacinas. Assim, na próxima semana, deverá ser realizada a primeira assembleia para criação do consórcio e eleição de seu presidente e equipe diretiva.
