Prefeitura inicia primeira entrega dos kits de alimentação escolar do ano letivo 2021

Buscando minimizar os efeitos econômicos da pandemia para com as famílias vulneráveis da capital, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), iniciou nesta segunda-feira, 5, a entrega dos kits de alimentação escolar do ano letivo 2021.

 

Esta é a nona rodada de distribuição desde o início da pandemia, e contempla os estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA) das 74 escolas da rede municipal. 

A entrega acontecerá entre os dias 5 e 14 de abril e seguirá o mesmo formato das edições anteriores: cada dia será dedicado a atender as escolas de uma determinada região administrativa da cidade.

“É a primeira entrega do ano letivo de 2021. Então, ela se reveste de importância ímpar, porque é o momento que o aluno vem na escola, às vezes um aluno novo, vincular-se com a equipe diretiva, receber suas atividades pedagógicas, dar o retorno do que têm aprendido com essas atividades remotas. A escola garante o acolhimento pedagógico, a assistência integral a esse educando. O kit de alimentação escolar corresponde ao que ele receberia se estivesse frequentando presencialmente, assim buscamos garantir a segurança nutricional dos nossos alunos”, explica a secretária da Educação, Cecília Leite. 

Como nos meses anteriores, a distribuição dos kits respeita um cronograma que prioriza os bairros com maior índice de vulnerabilidade social. Assim, os matriculados nas unidades do Santa Maria e 17 de Março recebem os mantimentos primeiro. 

“Estamos entregando esses kits e os módulos de atividades mostrando que a Semed está atenta a esse momento complicado, tentando oferecer um pouco de comodidade. Nós sabemos que muitas famílias estão desassistidas, esperando o auxílio emergencial do Governo Federal, e com o desemprego batendo recordes. Então, a Educação não se faz apenas na sala de aula, temos que estar de mãos dadas”, aponta o diretor da Emef Anísio Teixeira, Marcos Barbosa.

A entrada na escola para retirada do kit é permitida a apenas um membro da família, que deve portar um documento pessoal e também o documento do estudante. O uso da máscara e o distanciamento social são obrigatórios. Além disso, a Semed disponibiliza, nas escolas, totens para higienização das mãos. 

“A entrega é de uma importância ímpar. Para isso, temos seguido todos os protocolos, a higienização, a questão do uso de máscaras, a presença dos tapetes sanitizantes, álcool em gel disponível em todos os ambientes da escola, o distanciamento, todo cuidado necessário para que a gente realmente possa combater com eficácia esse vírus”, ressalta a diretora da Emef Professor Laonte Gama Da Silva, Isabel Campos. 

Os kits são compostos por alimentos da merenda escolar, avaliados por uma equipe de nutricionistas, aprovados pelo Conselho Municipal de Alimentação Escolar (Comae) e adaptados para serem consumidos pelos alunos durante um mês.

 

A medida foi adotada pela administração municipal para auxiliar os aracajuanos que enfrentam as consequências econômicas da pandemia. “É algo essencial para eles [os alunos], sobretudo agora pela falta do auxílio emergencial. Muitos estavam perguntando quando a entrega iria voltar, pois faz uma grande diferença na vida deles. Eu acredito que 95% da comunidade comparece para buscar”, explica a diretora Emei Irene Romão de Brito, Valéria dos Santos. 

Dona Maria Ibiraci é uma dos moradoras da comunidade que estavam ansiosas para voltar a receber a ajuda municipal. “É muito bom, sabe? Porque às vezes a gente não tem nada. Temos que agradecer o que Deus nos dá, porque não temos um real para comprar um pão. Agora já recebi, vou poder dar café da manhã aos meus netos”, diz. 

Assim como Maria, Ivaneide dos Santos escolheu buscar o kit no início da manhã. Para ela, o kit representa um pouco de alívio em meio às incertezas e angústias criadas pela pandemia. “A gente tá passando por dificuldades, todo mundo desempregado, principalmente eu que trabalho na praia. Então, toda ajuda é bem-vinda”, garante. 

O senhor Antônio Fernando Barros concorda, poder garantir a alimentação da sua família enquanto tenta voltar ao mercado de trabalho é fundamental. 

“Para mim significa muito, porque a gente está tendo muita dificuldade para achar trabalho. Estamos passando necessidade dentro de casa, não tem o que comer mesmo. Não tem jeito. Meu filho pede um pão e eu não tenho como pagar. Entendeu? Aí fica difícil. Fica difícil. Se não for isso aqui, a gente vai ter o quê?”, desabafa.