Vacinação Solidária: dez instituições sociais já receberam doações de alimentos

Assistência Social e Cidadania
19/04/2021 21h40

Em continuidade às entregas dos alimentos doados pelos aracajuanos à Campanha “Vacinação Solidária”, nesta segunda-feira, 19, mais cinco instituições sociais receberam os kits alimentação, completando dez entidades até o momento.

Lançada neste mês de abril, a iniciativa da Prefeitura de Aracaju, coordenada pela Secretaria Municipal da Assistência Social, tem o objetivo de auxiliar as famílias em situação de vulnerabilidade social afetadas pela pandemia do coronavírus.

Nesta segunda, foram 200 unidades distribuídas entre o Centro de Integração Raio de Sol (Ciras), Comunidade Católica de Servos e Servas da Santíssima Trindade, Oratório Festivo São João Bosco (Oratório de Bebé), Casa Santa Zita e o Lar Infantil Cristo Redentor (Licre). Para a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos, é necessário doar a quem se doa às comunidades.

“Essas instituições assumem um papel importante junto à comunidade porque também atuam na ponta, conhecem as dificuldades de cada família. Nos sentimos gratificados em contribuir de alguma forma. Além dos alimentos, acabamos levando para cada pessoa um pouco de amor e carinho que os aracajuanos estão tendo pela Vacinação Solidária. Meu pedido é que continuem contribuindo para que alcancemos outros territórios. Estamos no caminho certo”, destacou.

Simone ainda ressalta que a ideia é beneficiar também as entidades que não estão inscritas no Conselho Municipal da Assistência Social (CMAS) de Aracaju. “Buscamos doar às instituições que estão cadastradas no Conselho, bem como as que não estão, pois são espaços que atuam dentro das comunidades desenvolvendo ações no âmbito da política de assistência social. Sabemos que é uma causa única , de todos”, observou.

Até nesta segunda-feira, foram arrecadados cerca de seis toneladas de alimentos não perecíveis nos 34 pontos disponibilizados para as doações. A assistente social e coordenadora de projetos do Ciras, Mônica Menezes, foi quem recebeu os kits que auxiliará as famílias assistidas pelo Centro.  

“São pessoas que tiveram sua renda afetada devido à pandemia e esse kit é uma grande contribuição. Muitas delas são autônomas e estão sentindo muita dificuldade para manter suas famílias. É mais uma ação fruto de uma parceria que já é firmada com a Prefeitura de Aracaju”, frisou.

De acordo com a presidente do Oratório de Bebé, irmã Marisa Inêz Mosena, 65 crianças e adolescentes são assistidos pela Organização. Segundo ela, esse é o público que receberá as doações. “Vamos priorizar aquelas que mais necessitam. É uma alegria imensa porque não ter nada à mesa é a maior dor e sofrimento da humanidade. Queremos agradecer à Prefeitura, através da Secretaria, porque será um momento muito importante e sem precedentes para essas famílias pobres e necessitadas”, disse.

Nesta terça-feira, dia 20, mais cinco instituições serão beneficiadas com as doações da população aracajuana.

População Trans
Também nesta segunda-feira foram entregues 50 kits alimentação nas Diretorias da Habitação, Direitos Humanos e Cadastro Único, situado no bairro São José, por meio da Assessoria LGBTQIA+ da Assistência Social de Aracaju, às pessoas trans profissionais do sexo e trabalhadoras informais.

De acordo com o assessor de assuntos LGBTQIA+, Marcelo Lima, a população trans beneficiada já é assistida pela pasta e contou com o apoio da Astra - Direitos Humanos e Cidadania LGBT e da Associação de Travestis Unidas na Luta Pela Cidadania (Unidas) na identificação. A ideia é que além das doações, elas possam acessar outros direitos.

“São pessoas trans acompanhadas diariamente, usuárias dos nossos serviços. Esses setores também foram atingidos pela pandemia, por isso identificamos que algumas ainda não estão inscritas no Cadastro Único. Essas doações servirão como base para inseri-las em outros serviços e programas municipais e federais”, explicou.  

Essa é a segunda ação emergencial desenvolvida pelo Município durante a pandemia destinada a essa população. Na primeira, realizada em maio do ano passado, foram concedidos mais de 44 kits alimentação. Desde a implantação da Assessoria LGBTQIA+, em 2017, são feitos atendimentos e encaminhamentos da população LGBTQIA+ às unidades socioassistenciais da capital.

A autônoma Gleissy Santiago, 20, moradora do bairro Mosqueiro, foi afetada diretamente pela pandemia, uma vez que fazia bicos em restaurante e bares. “Dificuldade para tudo, trabalho, alimentação. Moro sozinha, não tenho ajuda de pai, mãe, de ninguém. Vai me ajudar muito, chegou no momento que eu estava precisando”, relatou.

Para a profissional do sexo A.P., 35, não foi diferente. Ela é uma das assistidas pela Assessoria e, com poucos alimentos em casa,  foi até a unidade garantir seu kit. “A pandemia me causou prejuízos porque as economias que eu tinha em conta precisei usar. Na rua, não tenho como trabalhar por causa das restrições de horários e demais medidas. Mais uma vez, recebi o apoio da Assessoria. Vai ajudar eu e meu esposo, com certeza”, contou.