Semana Municipal de Prevenção da Gravidez na Adolescência reforça importância do acolhimento

Saúde
04/05/2021 17h25

Em 2019, o município de Aracaju instituiu a Semana Municipal de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O período, a ser comemorado sempre na primeira semana do mês de maio, objetiva reforçar a disseminação de informações sobre as medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez em adolescentes com menos de 18 anos.

“Quando a gravidez ocorre de uma maneira não planejada e precoce, como é o caso da gravidez na adolescência, ela pode acarretar alguns problemas, como o abandono escolar, a inserção no mercado de trabalho mais difícil e o atrito nas relações familiares e conjugais da adolescente. A chegada de um novo ser traz responsabilidades, mas também alguns medos e inseguranças para a mulher e para o casal. Por isso, as Unidades Básicas de Saúde [UBSs] de Aracaju possuem profissionais capacitados para atender essa população adolescente”, afirma a técnica do Programa de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Jenifer Sobral.

Nas UBSs da Capital, as adolescentes são acolhidas por profissionais que procuram entender a demanda e as necessidades que cada uma delas está sujeita. Além desse primeiro acolhimento, a SMS ainda oferta o aconselhamento pré-concepcional, a partir do qual são avaliados os riscos gestacionais das pacientes, diminuindo possíveis complicações que possam acontecer em decorrência de uma gravidez.

A enfermeira de Saúde da Família da UBS Santa Terezinha, Karolinne Cavalcante, afirma que todos os atendimentos são realizados da maneira mais neutra possível.  “Procuramos ouvir sem colocar as nossas crenças, escutando aquele adolescente e procurando ofertar a ele orientações sobre saúde sexual e reprodutiva, junto com a oferta gratuita de métodos contraceptivos adequados, sempre levando em consideração o desejo da mulher e do casal”, ressalta.

Outras ofertas
A Prefeitura ainda oferta para esse público testes rápidos que detectam em no máximo vinte minutos infecções sexualmente transmissíveis como HIV, sífilis, hepatite B e C; palestras para o estímulo da autonomia e responsabilização dos adolescentes para com a saúde, em que são abordados temas como a saúde sexual e reprodutiva, uso de drogas e situações de violência que possam gerar algum risco para a saúde física e mental dos pacientes; testes rápidos de gravidez, para a detecção de maneira precoce e início mais rápido do pré-natal; oferta de vacinas específicas para essa faixa etária, como a de HPV (para a prevenção do câncer do colo uterino) e a ACWY (contra quatro tipos de meningite).

“É importante destacarmos ainda que a adolescente é aparada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que assegura o direito ao adolescente a privacidade e confidencialidade nas consultas sem a necessidade de um responsável. Além disso há duas legislações importantes, a Lei nº 6.202, de 1979, que assegura a gestante receber suas matérias escolares fora do ambiente escolar do oitavo mês de gestação ao terceiro mês após o parto, podendo inclusive ser estendido, e a Lei nº 9.263 de 1996, que regula o conjunto de ações e planejamento reprodutivo e garante a todas as mulheres e homens os seus direitos sexuais reprodutivos, inclusive às adolescentes”, destaca a enfermeira Karolinne Cavalcante.