Prefeitura segue vacinando gestantes com comorbidades e alerta sobre orientação médica

Saúde
06/05/2021 15h54

Naturalmente, as mulheres em período gestacional se encontram em uma condição de saúde que exige cuidados especiais, principalmente em meio a uma pandemia. Considerando essa particularidade, e seguindo a orientação do Ministério da Saúde, as gestantes com doenças preexistentes estão aptas a se vacinar contra covid-19.
 
Na capital, para vacinar esse novo público com comorbidades, a Prefeitura de Aracaju orienta que, além dos documentos de identificação e cartão de vacina, também é necessário apresentar relatório médico descrevendo a comorbidade. 

O obstetra e secretário adjunto da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Carlos Noronha, destaca que a orientação médica, nesse momento, também é importante. 

“Pacientes com cardiopatias, diabetes, obesidade com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima ou igual a 40, doenças neurológicas, pneumopatia, doença renal crônica e imunodeficiência estão incluídas no plano de vacinação. E além do relatório médico demonstrando a sua comorbidade, essa gestante deve receber as orientações médicas dos possíveis efeitos após a vacina, bem como todas as dúvidas acerca do coronavírus”, orientou. 

Ainda segundo Noronha, as profissionais de saúde que estão gestantes, como já estão dentro da fase inicial da vacinação, por conta da profissão e exposição ao risco de infecção pelo vírus, não precisam de relatório médico para o acesso à vacinação. “A partir da nova nota técnica emitida, há essa dispensa da declaração médica das profissionais de saúde que estão aptas à realização da vacina”, disse.
 
Cuidados
Mesmo com a chegada da vacina, todas as gestantes devem se proteger aplicando as medidas de biossegurança, sobretudo diante das modificações que o organismo da mulher passa durante a gravidez; no caso da infecção pelo coronavírus, há uma maior probabilidade de agravamento do quadro, com risco de hospitalização. 

“A gestante precisa ter um cuidado especial, porque ela tem algumas mudanças orgânicas e físicas próprias da gestação que podem propiciar o agravamento do coronavírus. O útero em crescimento, durante a gravidez, faz com que se tenha uma expansibilidade menor em relação ao pulmão, e nos casos de síndrome respiratórias agudas graves, um agravamento do quadro pneumônico. Assim como também, a gravidez e puerpério trazem o quadro de hipercoagulabilidade, que podem favorecer também, mediante as alterações de covid em relação à coagulação, algum tipo de agravamento, como a trombose, tromboembolismo, entre outras questões associadas à coagulação”, ressalta Carlos Noronha.

Onde vacinar
Atualmente, as gestantes com comorbidades podem receber a vacina no drive-thru, no Parque da Sementeira, que funciona das 8h às 17h; ou se dirigir a um dos dez pontos fixos, que funcionam das 8h às 16h. São eles: UBS Augusto Franco (Farolândia); UBS Cândida Alves (Santo Antônio); UBS Marx de Carvalho (Ponto Novo); UBS Manoel de Souza (Sol Nascente); UBS Santa Terezinha (Zona de Expansão); UBS Edézio Vieira de Melo (Siqueira Campos); UBS Adel Nunes (Bairro América); UBS Hugo Gurgel (Coroa do Meio); UBS José Augusto Barreto (Japãozinho); Cras João de Oliveira (Santos Dumont).

Tanto no drive quanto nos demais pontos, devem ser apresentados documento de identificação com CPF, cartão de vacina e relatório médico. Para a vacinação no drive, também é necessário apresentar, impresso ou pelo celular, o código de validação gerado após o cadastro no site da Prefeitura. Vale ressaltar que, a gestante que recebeu qualquer outro imunizante, incluindo a vacina contra a influenza, deve aguardar 15 dias para receber a vacina contra a covid-19.