Vice-prefeita busca solução para exploração de menores nas ruas de Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
07/05/2021 10h01

A vice-prefeita de Aracaju, Katarina Feitoza, reuniu representantes da Secretaria Municipal da Assistência Social e do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) para alinhar ações de efetiva proteção a crianças e adolescentes contra uma rede de exploração que tem atuado em alguns pontos de Aracaju.

A ideia, segundo Katarina, é “tornar a abordagem mais efetiva, evitando, assim, que a rede de proteção permaneça e essa atuação reincida”. Para isso, além da abordagem que a Prefeitura de Aracaju já realiza, por meio da Secretaria Municipal da Assistência, também é necessária a atuação da Polícia Civil, através do DAGV, a fim de investigar a origem dessas pessoas.

Segundo Katarina, essa é uma discussão que já vem do ano passado, quando ela ainda era delegada-geral do Estado e tratava do assunto com o prefeito Edvaldo Nogueira. No entanto, o andamento do projeto ficou prejudicado em virtude da pandemia.

“Mas, agora, está em fase de finalização. E essa reunião serviu exatamente para alinhar e fortalecer esses vínculos entre o Município e a Polícia Civil”, afirma. Para além da abordagem nas ruas, a parceria também possibilitará a criação de um núcleo psicossocial dentro do próprio DAGV.

Esse núcleo, segundo a vice-prefeita, funcionará com profissionais mantidos pela Prefeitura, os quais farão o acolhimento aos grupos e também o encaminhamento para a rede de proteção, que engloba vários órgãos.

Para a delegada Mariana Diniz, diretora do DAGV, essa parceria vai fortalecer a rede de atendimento aos grupos vulneráveis, que contempla crianças, idosos, deficientes, a população LGBT, além de se configurar como um serviço a mais à disposição desses grupos. “Trazendo uma efetividade maior ao atendimento”, ressalta a delegada.

A secretária municipal da Assistência, Simone Passos, tem o mesmo entendimento. Isso porque, segundo ela, mesmo a Secretaria fazendo o trabalho de abordagem social, com educadores sociais, psicólogos, assistentes sociais, chega um momento em que há uma dificuldade em prosseguir com o atendimento.

“Porque essas pessoas omitem informações, como a origem, o nome, comprometendo o atendimento e a garantia de direitos. Então, pedimos esse apoio junto ao DAGV, porque a gente tem observado muita exploração de crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, com o grande número de pessoas que estão nos sinais fazendo a mendicância. E a gente precisa efetivar esse apoio a esse grupo vulnerável”, reforça.

De acordo com Simone, com o apoio do DAGV tanto na investigação quanto na realização de operações conjuntas, esses casos terão ações com maior efetividade contra essa rede de exploração. “É, na verdade, uma rede que beneficia adultos e que precisa de uma ação mais efetiva”, reitera.