Vigilância Sanitária de Aracaju coleta cerca de 660 amostras de água por ano

Saúde
15/06/2021 12h30

Implementado há 17 anos na capital, o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua), gerido pelo Ministério da Saúde, está inserido no trabalho das equipes da Rede de Vigilância Sanitária (Revisa), vinculada à Secretaria Municipal da Saúde. 

Com inspeções semanais, em pontos estratégicos da capital, o programa visa coletar e enviar para análise amostras para verificação da qualidade da água fornecida na cidade. Por mês são coletadas 55 amostras, as quais são enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen). Em um ano, cerca de 660 amostras são coletadas para análise na capital.  

“Os pontos escolhidos para coleta são pontos estratégicos, onde se concentram públicos de maior vulnerabilidade, como os institutos de longa permanência para idosos, as unidades de saúde, hospitais, clínicas de hemodiálise e escolas de ensino fundamental. Essas amostras são coletadas antes da água entrar no estabelecimento, por isso coletamos na porta, que é para ver de fato a qualidade da água que está sendo fornecida”, explica a gerente de Ações Estratégicas da Rede de Vigilância Sanitária (Revisa), Jacklene Andrade. 

A gerente explica ainda que, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), que faz o tratamento e a distribuição da água na cidade, também atua nesse trabalho, enviando relatórios, para que, a partir desse monitoramento, seja possível manter os padrões de qualidade estabelecidos.

“Nesse relatório enviado temos duas informações. Uma é como está a qualidade da água na saída da Estação de Tratamento, que no nosso caso avaliamos a do Rio Poxim, responsável pela distribuição da água em Aracaju. Nesse relatório, com cerca de 750 amostras, avaliamos os resultados para verificar se estão dentro dos padrões previstos na legislação e de potabilidade”, descreve Jacklene. 

Já a segunda informação de destaque nesse relatório é a análise de cerca de 260 amostras de água coletada nas ruas de Aracaju. Com esses dados é possível comparar com a coleta realizada pela equipe da Revisa. “Nessa conferência, conseguimos identificar quantas amostras estão ou não fora do padrão, e também é possível notar se há muito desvio de padrão”, completa a gerente da Revisa. 

Quando há uma incompatibilidade entre os padrões de qualidade estabelecidos com as amostras analisadas, a equipe da Revisa avalia cada situação, e havendo necessidade uma nova coleta é feita. “Além disso, quando há um desvio considerável no padrão, também contatamos a Deso para verificar quais ações corretivas foram ou estão sendo feitas para resolver a situação”, afirma Jacklene Andrade.