Prefeitura reforça orientação sobre formas de prevenir e combater a sífilis na rede municipal

Saúde
15/10/2021 15h00

Instituído pelo governo federal e celebrado, anualmente, no terceiro sábado de outubro, o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é um mecanismo para chamar a atenção da sociedade sobre a existência e os perigos da doença. A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), reforçar o alerta sobre a prevenção da doença.
 
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, que tem tratamento e cura. De acordo com a coordenadora da Rede de Programas de Vigilância e Atenção à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Débora Oliveira, na maioria das vezes a doença é assintomática. A pessoa não sente nada, o que diminui a procura pelo atendimento e pode aumentar a transmissão da bactéria nas relações sexuais sem camisinha. 

“A SMS realizará nos próximos três sábados, dias 16, 23 e 30, ações voltadas à saúde da população. Estarão funcionando das 8h às 16h as Unidade Básica de Saúde [UBSs]: Santa Terezinha [Robalo], Roberto Paixão [17 de Março], Hugo Gurgel [Coroa do Meio], Edézio Vieira [Siqueira Campos], Cândida Alves [Santo Antônio], Francisco Fonseca [18 do Forte], Anália Pina [Almirante Tamandaré] e Onésimo Pinto [Jardim Centenário]. Nesses dias, essas unidades disponibilizarão testagem rápida para sífilis, HIV, hepatites virai e teste rápido de gravidez para aquelas que estiverem com suspeita”, explica.

Sintomas
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas). A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Podem surgir manchas em várias partes do corpo e queda dos cabelos. A doença pode ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

Diagnóstico
A doença é diagnosticada através de teste rápido, disponível em todas as UBSs e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no Centro de Especialidades Médicas do bairro Siqueira Campos. “O exame consiste na coleta de sangue através de um pequeno furo no dedo e o resultado sai em 20 minutos. Se a bactéria for detectada, o paciente inicia imediatamente o tratamento à base de penicilina benzantina, que é o antibiótico mais eficaz na cura da sífilis”, ressalta Débora.

Gestantes
O uso correto e consistente da camisinha nas relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção contra a sífilis. Mulheres devem fazer exame para verificar se são portadoras da doença antes de engravidar.
 
“Se a mulher estiver grávida e infectada, deve fazer o tratamento adequado para não infectar o feto. O parceiro da gestante também deve fazer os exames no pré-natal e o tratamento correto. É importante também usar camisinha nas relações sexuais durante a gravidez”, orienta Débora.

Sífilis congênita
A sífilis congênita é resultante da transmissão da mãe para filho (transmissão vertical). Neste caso, o bebê pode desenvolver alterações no esqueleto e nos dentes, aumento do fígado e do baço, feridas na pele, anemia, icterícia, rinite e feridas na boca.

Muitos bebês nascem mortos ou morrem ainda na infância devido à hemorragia pulmonar. Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e o parceiro. Só assim é possível evitar a transmissão para a criança.

“A sífilis na gestação pode ocasionar o trabalho de parto prematuro, o aborto precoce ou tardio. Já a sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal”, acrescenta a coordenadora.