Prefeitura direciona ações de combate ao Aedes aos bairros com maiores índice de infestação

Saúde
25/10/2021 16h45

Em continuidade ao trabalho de combate ao Aedes aegypti na capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), direciona, nesta semana, as ações de combate ao mosquito aos bairros que apresentam maiores índices de infestação.
 
Neste sentido, as equipes de combate às endemias seguem aplicam o fumacê costal com o objetivo de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, trabalho que contemplará, nesta segunda-feira, 25, o bairro Soledade; na terça, 26, o bairro Luzia; na quarta-feira, 27, o bairro Novo Paraíso; na quinta-feira, 28, o São Conrado; e na sexta-feira, 29, o Suíssa.
 
De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Jeferson Santana, a aplicação é realizada por duplas de agentes, que atuam entre quatro e sete quarteirões, a partir das 17h, horário em que ocorre uma maior movimentação vetorial do mosquito. Essa aplicação do fumacê tem como objetivo eliminar o mosquito que já possa estar circulando naquela localidade.

“Após a aplicação, o inseticida fica no ar cerca de uma hora e trinta minutos, tempo suficiente para entrar em contato com os mosquitos, principalmente as fêmeas, que são as transmissoras das doenças. Nessas áreas, os agentes delimitam e fazem o bloqueio, com o objetivo de estancar a transmissão naquele espaço. Já nos pontos estratégicos, a ação é realizada uma vez por mês, nos locais considerados de grande concentração de depósitos de criadouros como, por exemplo, ferros-velhos e materiais de construção. O critério que utilizamos para aplicar o fumacê é baseado no número de casos registrados de doenças transmitidas pelo Aedes”, explica Jeferson.

A substância utilizada no fumacê não apresenta riscos à saúde da população, nem aos animais domésticos, a menos que seja ingerida. É um método de bloqueio de transmissão, utilizado, sobretudo, entre momentos de picos das doenças, que permite combater um número maior de casos.

Colaboração
“A população é parte fundamental para evitar a proliferação do mosquito. É importante verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa e, uma vez por semana, lavar com água, sabão, e esfregar com escova os pequenos reservatórios móveis, como vasilha de água do animal de estimação e vasos de plantas e baldes. Precisamos da participação das pessoas, é preciso haver uma maior conscientização e responsabilidade. Cada um fazendo a sua parte, mantendo a casa limpa. Se cada cidadão fizer a sua parte, a gente consegue eliminar os focos de dengue”, orienta o gerente do programa. 

Parceria com a SES
A Prefeitura de Aracaju reforça o combate ao mosquito Aedes Aegypti com carro fumacê da Secretaria Municipal do Estado (SES), a partir desta segunda, parceria que segue até o dia 27, quando seis bairros irão receber o reforço do carro fumacê no combate ao mosquito Aedes aegypti.
 
Ponto Novo, 18 do Forte, Salgado Filho, Santa Maria, Farolândia e São José são os bairro que receberão o carro fumacê, pois foram apontados como de alto risco no último Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa), instrumento que mede o índice de infestação do mosquito no território.

“A aplicação do inseticida do carro fumacê mata o vetor em sua fase adulta, por isso, reforçamos que é uma ação complementar e emergencial, considerando que o trabalho de controle do vetor está na visita domiciliar, na rotina do agente de endemias que atua na destruição da larva do mosquito. No entanto, isso não está acontecendo devido às medidas judiciais”, destaca Jeferson.

Sintomas das doenças
Embora semelhantes, os sintomas entre as três doenças provocadas pelo mosquito apresentam algumas diferenças. A dengue provoca febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas, vômito e coceira no corpo. Já a chikungunya tem sintomas parecidos com os da dengue, com dores mais intensas nas articulações. A zika apresenta manchas vermelhas no corpo, coceira, febre baixa e dor de cabeça.

“É importante que as pessoas que apresentem sintomas de uma das três doenças não se automediquem, procurem uma Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua residência, onde passaram por triagem e terão o sangue colhido por profissionais de saúde, que realizarão o exame sorológico. É por meio dele que temos o diagnóstico clínico, tomando por base os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. O teste sanguíneo é capaz de detectar a doença do vírus nos primeiros sete dias de infecção. Coletado o exame, as Unidades enviam o material para o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe [Lacen], que atua como agente notificador dos agravos em saúde pública”, detalha Jeferson.