Dia da Língua Portuguesa: rede municipal contribui para formação de leitores

Educação
05/05/2022 16h45

Em 5 de maio é celebrado o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Na rede municipal de ensino de Aracaju, é comum que crianças que estudam em creches emitam suas primeiras palavras enquanto estão na escola, com o auxílio de professoras e cuidadoras. Também nas escolas municipais, estudantes têm seus primeiros contatos com a língua de forma escrita, durante o processo de alfabetização.

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o processo de alfabetização deve se iniciar por volta dos seis anos, quando a criança está no primeiro ano do Ensino Fundamental, indo até o segundo ano, fechando o chamado Ciclo de Alfabetização. A técnica da Coordenadoria de Ensino Fundamental da Semed, Valdeci Josefa de Jesus, explica que este ciclo pode se estender, de acordo com a necessidade do aluno.

“Do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, o professor está comprometido a trabalhar a alfabetização da criança, pois cada aluno tem o seu nível. Se essa criança não foi totalmente alfabetizada no segundo ou terceiro ano, os professores voltam em alguns conteúdos e habilidades para que essa ela consiga aprender”, explica Valdeci.

Justamente para auxiliar no processo de alfabetização, o programa Educaju foi integrado à rede municipal de ensino como um reforço pedagógico para os estudantes. “O Educaju entrou de forma diferenciada, porque ele contempla, também, habilidades do ano anterior", destaca Valdeci.

"O conteúdo do livro didático de qualquer ano vai trabalhar somente as habilidades daquele ano específico. Já os cadernos do Educaju sempre contemplam habilidades do ano anterior. O professor vai retomar esse conhecimento passado que, porventura, o aluno ainda não tenha, para consolidar o conteúdo do ano em que ele está, principalmente a fluência na leitura”, complementa a técnica.

Leitura
Um dos pontos cruciais da alfabetização é a fluência na leitura, cujo objetivo é ser alcançada ainda nos primeiros anos do ensino fundamental. Para atingir essas expectativas, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) realiza constantes avaliações dos estudantes, a partir das Provas Diagnósticas, para medir, também, o nível de leitura dos alunos.

Neste ano, além das avaliações diagnósticas da própria rede, alunos das escolas municiais também passaram por um diagnóstico realizado pelo Programa pela Alfabetização em Regime de Colaboração (PARC), em parceria com a Associação Bem Comum e o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF).

Incentivo
Na rede municipal de ensino de Aracaju as escolas têm autonomia para realizar, durante todo o ano letivo, projetos de incentivo à leitura. A gelateca, por exemplo, está presente em quatro unidades de ensino fundamental da rede. O projeto consiste em geladeiras que abrigam livros, como uma biblioteca alternativa disponível aos estudantes a qualquer momento.  

Na Emef Anísio Teixeira, a gelateca está presente desde 2020 e tem contribuído no incentivo à leitura. "Os alunos têm se sentido mais estimulados a ler. A gelateca fica em um ambiente acessível a todos, sem fiscalização. Orientamos que eles peguem o livro que quiserem e levem pra casa, devolvendo após o término da leitura. A pandemia trouxe muitos prejuízos para a aprendizagem, especialmente para a leitura, e a gelateca tem servido como um fator de estímulo para eles", conta o diretor da Emef, Marcos Barbosa.