Painel de monitoramento de arboviroses auxilia a gestão e mantém população informada

Há cerca de seis meses, a administração municipal e a população geral têm acesso a informações detalhadas sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Por meio do painel de monitoramento das arboviroses, lançado pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde, é possível acessar dados como números de casos, a série histórica do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), mapa de visitas domiciliares e do fumacê.

 

A ferramenta, criada pela Sala de Situação, do setor de Inovação e Gestão Estratégica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), está disponível no site da Prefeitura, e tem atualização por semana epidemiológica.

De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes, Jeferson Santana, esse recurso é essencial no monitoramento dos casos e na tomada de decisões no combate ao mosquito. 

“Com essa análise prévia, podemos atuar de forma antecipada, a fim de evitar uma epidemia de doenças transmitidas pelo Aedes. De forma transparente e com apenas um clique, a população também tem acesso a esses dados e pode avaliar de maneira mais concreta o cenário epidemiológico do mosquito em nossa cidade, o que ajuda na conscientização”, declara. 

Na página do painel de monitoramento, a pessoa tem acesso a informações como a classificação das arboviroses: dengue, dengue com sinais de alarme, dengue grave, casos suspeitos e descartados; quantidade de pacientes por semana epidemiológica; sintomas; número de pacientes por sexo; pacientes gestantes; mapa de calor.  

Também é possível acessar os dados sobre o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) e toda série histórica com a média de índice por ano (a partir de 2017), detalhado por mês e bairros. Já na aba do Programa Municipal de Combate ao Aedes (PMCA) é possível verificar o mapa de visitas domiciliares, notificação das arboviroses e o mapa do fumacê.

De acordo com o painel de monitoramento, até o momento, foram feitos 609 registros, sendo 172 casos confirmados de dengue, 105 de dengue com sinais de alarme, 94 casos de chinkungunya e três casos de dengue grave. Há, ainda, o registro de 498 casos suspeitos, aguardando resultado do exame pelo Laboratório Central (Lancen/Sergipe), e outros 208 foram descartados. 

Dos casos confirmados, a predominância é do sexo feminino e no que se refere aos casos de chinkungunya, dengue com sinais de alarme e dengue grave, a faixa etária com maior número de casos é de crianças com 10 anos. 

Sobre os sintomas mais notificados, destaque para febre, dor no corpo (mialgia), dor de cabeça (cefaleia) e dor nas articulações (artralgia). 

De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado no mês de maio, Aracaju está em médio risco de infestação de Aedes. São sete bairros com alto risco de surto ou epidemia e 214 casos confirmados de arboviroses. Comparado com março, mês do primeiro LIRAa deste ano, houve avanço de 4,5% no índice, passando de 2,2% para 2,3%.

O Levantamento de Índice de Infestação pode ser classificado em três níveis: baixo (até 0,9%), médio (de 1,0% a 3,9%) e alto (acima de 4,0%).