Pessoas com sequelas da covid-19 recebem atendimento na rede de saúde de Aracaju

Saúde
07/06/2022 15h34

Desde a elaboração do protocolo pós-covid, pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), os pacientes com sintomas persistentes após o diagnóstico de covid-19 têm acesso ao atendimento especializado, conforme avaliação médica inicial, realizada na Rede de Atenção Primária (Reap), pela Unidade Básica de Saúde de referência do usuário. Até o momento, 19 pessoas já foram atendidas por esse protocolo. 

“O paciente que apresentar alguma sequela pós-covid deverá procurar sua UBS de referência para passar por atendimento com um profissional médico, que fará o encaminhamento para a especialidade 404 - Médico Avaliação de Sequelas da Covid. Esse profissional fará o contato telefônico para avaliar as queixas do paciente e fazer os agendamentos para as especialidades conforme a necessidade”, explica a coordenadora do Centro de Especialidades Médicas de Aracaju, Luciana Araújo.

O protocolo traça três principais grupos de pacientes que apresentam sintomas prolongados da covid-19. No primeiro deles, estão pacientes que tiveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e persistem com sintomas predominantemente respiratórios, sobretudo a dispneia (falta de ar ou dificuldade de respirar). Esse grupo inclui ainda aqueles com a síndrome pós-terapia intensiva. 

Também estão inseridos nesses grupos os pacientes com doença multissistêmica, com acometimento cardíaco, respiratório, neurológico e/ou de outros órgãos. E ainda os pacientes com sintomas persistentes, muitas vezes dominados pela fadiga, mas sem evidências de lesões orgânicas. 

Os pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) podem ser acometidos pela síndrome pós terapia intensiva. Nesses casos, as equipes das Unidades Básicas de Saúde irão avaliar situações como descondicionamento físico e respiratório, perda de massa muscular, desnutrição e déficits cognitivos, para direcionar o paciente para o acompanhamento necessário na rede.

“Por isso é muito importante que as pessoas que foram acometidas pela doença e percebem que algum sintoma ainda persiste, que busquem sua Unidade Básica de referência e sejam avaliadas. Nesse primeiro atendimento, será possível verificar se o acompanhamento será realizado pela própria unidade ou se haverá necessidade de atendimento especializado”, ressaltou Luciana.