Forró Caju 2022: Camarote da Acessibilidade recebe pessoas com deficiência e mobilidade reduzida

Assistência Social e Cidadania
24/06/2022 02h31

Em seu primeiro dia, o Camarote da Acessibilidade proporcionou, na noite desta quinta-feira, 23, segurança, comodidade e acessibilidade às pessoas com deficiência (PcDs) e mobilidade reduzida durante o Forró Caju 2022, um  espaço que se manterá durante os seis dias do evento realizado pela Prefeitura de Aracaju, gerenciado por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social.  

A área exclusiva, adaptada às normas da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), conta com rampa de acesso, quatro banheiros, piso tátil de alerta e cadeiras. A capacidade máxima diária é para 80 pessoas, ou seja, 40 PcDs e 40 acompanhantes.

O Camarote também dispõe de profissionais do Centro de Referência Especializado para Pessoas com Deficiência (Centro DIA), técnicos de referência da Gerência de Média Complexidade e auxiliares administrativos do Município para darem apoio aos usuários e suas famílias, além da presença dos agentes da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), setor vinculado à  Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), para garantir segurança.

“Fizemos uma avaliação muito positiva deste primeiro dia porque tivemos uma boa adesão. A expectativa para os próximos dias é o aumento do fluxo de pessoas. É um espaço exclusivo para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, desta forma, conseguimos garantir a inclusão social do público à cultura, ao lazer e à diversão. O Camarote foi preparado com muita alegria, atenção e cuidado para oferecer conforto aos usuários. Em conversa com eles, se mostraram muito satisfeitos, o que comprova o resultado do trabalho conjunto do Município”, destaca a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Santana.

Para o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPcD), Roque Hudson da Fonseca, que possui deficiência visual, o Município se preocupa em garantir os direitos das pessoas com deficiência com inclusão social.

“Após a pandemia do novo coronavírus, nós, pessoas com deficiência, estamos voltando a realizar o desejo de dançar forró, em especial, no Camarote da Acessibilidade. Observamos a sensibilidade do gestor municipal para essa classe que merece respeito e dignidade. Aproveito o ensejo para convocar todos àqueles para acessarem o espaço que nos é garantido por direito”, reforça Roque.

A gesseira Alaise Lima estava acompanhada de seu esposo, Cláudio de Jesus, para curtir a festa. Um aneurisma cerebral, uma dilatação em um dos vasos sanguíneos que levam sangue até o cerébro, lhe causou sequelas em todo o lado direito do seu corpo, deixando sua mobilidade reduzida.

“Sempre vim ao Forró Caju e pela primeira vez, necessitei deste Camarote. Não sabia que existia. Achei ótimo para mim, meu esposo, para todas as pessoas com deficiência porque é um espaço reservado, perto do palco e seguro. É bom para dançar, descansar, recarregar as energias para dançar de novo”, conta Alaise.

Pela segunda vez, a dona de casa Denise Gomes compareceu ao Camarote acompanhada de sua filha Yvellin Vitória Gomes, de 9 anos, que possui Síndrome de Down. Ao som de forró, ela não parava de dançar e explorar o local.

“É um espaço maravilhoso porque é seguro e deixa ela à vontade para dançar e brincar. Soube desse Camarote por uma amiga que me orientou a vir. Minha filha gosta de ficar aqui desde quando era mais nova”, relata Denise.

O aposentado Antônio Ribeiro possui mobilidade reduzida devido aos seus 75 anos de idade e foi recebido pela equipe multidisciplinar assim que chegou ao evento. “Quando cheguei na festa, avistei o nome ‘Acessibilidade’. Fui saber do que se tratava e fui muito bem acolhido, curtindo o show de Zé Ramalho, cantor que sou muito fã. Parabéns a todos os envolvidos. Este ano está ainda mais espetacular”, elogia Antônio.

Como acessar?


Para aquelas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que desejarem prestigiar as noites de shows do Forró Caju podem se dirigir diretamente ao Camarote da Acessibilidade portando um documento que comprove a deficiência para o acesso ser liberado e, assim, usufruir do espaço.