Notificações de casos e índice de infestação norteiam trabalho de combate ao Aedes aegypti

Saúde
06/07/2022 18h03

Duas ferramentas são essenciais e norteiam as ações de combate ao aedes aegypti: o número de notificações de casos e o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). Para esse trabalho, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), conta com cerca de 190 agentes de combate a endemias, que realizam visitas domiciliares, mutirões, aplicação de fumacê costal e bloqueios de transmissão, entre outras ações. 

Para a elaboração do cronograma de ações que contemplam os bairros da capital, o Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, considera o cenário epidemiológico das arboviroses através do número de casos notificados e os índices do LIRAa. Atualmente, Aracaju está em médio risco de infestação de Aedes, tem sete bairros com alto risco de surto ou epidemia e 552 casos confirmados de arboviroses.

O gerente do programa, Jeferson Santa, explica que para cada ação há um critério. 

“As visitas domiciliares acontecem diariamente e de maneira simultânea, em todos os bairros da capital, e essa ação independe do cenário, pois se trata de uma estratégia de prevenção e orientação da população. Já ações como a aplicação do fumacê costal, dependem essencialmente do número de notificações de casos, para uma ação direcionada de bloqueio de transmissão”, explica Jeferson.

Ações nos bairros

Ainda de acordo com Jeferson, com a definição dos bairros e a elaboração do cronograma semanal, duplas de agentes aplicam a substância do fumacê costal, que é pulverizada, em média, 16 vezes por mês, das 17h às 19h, horário em que ocorre maior movimentação vetorial do mosquito.

“Com base nos endereços das notificações de casos no bairro em questão, a equipe aplica o produto em um raio de 300 metros, que é demarcado a partir do ponto exato onde mora a pessoa infectada pelo mosquito. Como o mosquito é de vôo curto, dificilmente ele conseguirá ultrapassar esse raio, avançar para demais áreas e contaminar outras pessoas”, afirma o gerente. 

Já para os mutirões, que acontecem aos sábados, o critério que auxilia na elaboração do cronograma de bairros é o índice de infestação apontado no Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). Segundo o último LIRAa, realizado no mês de maio e comparando com o mês de março, houve avanço de 4,5% no índice, passando de 2,2% para 2,3%.

Dos 43 bairros de Aracaju, oito estão classificados em baixo risco (satisfatório), 28 estão em médio risco (alerta), e sete bairros estão classificados como alto risco de surto ou epidemia, que são: Santo Antônio, Japãozinho, Luzia, Ponto Novo, Pereira Lobo, Porto Dantas e Cidade Nova. 

“Nos mutirões, além do trabalho dos agentes de combate a endemias, com a eliminação de focos do mosquito e orientação da população, também contamos com a parceria da Emsurb e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no trabalho de roçagem e remoção dos criadouros nos terrenos, praças e espaços públicos”, aponta Jeferson Santana. 

Dados

De janeiro até o dia 2 deste mês, foram 2.161 casos de arboviroses notificados na capital, sendo 552 deles confirmados. Até o momento, são 318 casos confirmados de dengue, 229 de chikungunya e 5 de zika.