Prefeitura oferta serviço de apreensão de animais de grande porte e viabiliza adoção

Agência Aracaju de Notícias
02/08/2022 08h39

Com intuito de proteger animais de médio e grande porte que se perdem dos seus donos ou são abandonados pelas ruas, além de garantir a segurança no trânsito da capital sergipana, a Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), atua, diariamente, para resgatar animais das vias públicas da cidade, proporcionando bem-estar e segurança, tanto à população, quanto aos próprios animais. 

Só neste ano, no período de janeiro a julho, foram resgatados 649 animais. Deste total, 437 foram encontrados circulando em vias públicas da antiga Zona de Expansão, região que costuma ter o maior número de animais perdidos ou abandonados por seus donos. Se comparado ao mesmo período no ano passado, que teve um total de 682 resgates, houve uma redução de 4,8%. Em 2021, o total de animais resgatados chegou a 1.128; já em 2022, foram 924.

Segundo o coordenador do Centro de Apreensão de Animais, Isaias Freitas, esse trabalho pode salvar vidas. 

“A importância do nosso trabalho é a de retirar esses animais da rua para não provocar acidente e ocasionar óbito. Estamos salvando várias vidas, da população e do animal. E, além do acidente automobilístico, [esses animais] podem dar um coice em quem estiver passando próximo e causar também um óbito”, afirma o coordenador.

Para garantir a efetividade do trabalho, as equipes do Centro atuam 24 horas por dias, ao longo dos sete dias da semana, realizando rondas e apurando denúncias realizadas por moradores que avistaram animais circulando pelas ruas e avenidas da capital. Os números de contato utilizados nesses casos são: (79) 991510315 // (79) 9988632153.

Resgate

Uma vez recolhidos, os animais são encaminhados ao Centro de Apreensão de Animais, localizado no bairro 18 do forte, para receber cuidados veterinários e identificar possíveis problemas de saúde. Caso seja identificado que o animal não possui nenhuma enfermidade, é encaminhado ao curral, junto aos outros, tendo acesso a água potável, capim moído, sais minerais, farelo, feno e fica aguardando ser recolhido. Vale destacar que o proprietário, munido de documentos pessoais, têm até 15 dias para ir ao Centro resgatar o animal.

“Para que esse resgate seja feito, é cobrado do proprietário do animal uma taxa de apreensão no valor de R$100 e a diária no valor de R$60. Se o animal foi medicado, tratado pelo nosso médico veterinário, ele paga mais uma taxa de R$60 pela assistência médico veterinário. Depois de 15 dias, se o proprietário não buscar o animal, ele vai para adoção. Caso o animal do mesmo proprietário seja recolhido por três vezes, ele já vai automaticamente para adoção”, detalha Isaias.

A cobrança das taxas é feita de acordo com a lei municipal n° 2380, de 14 de maio de 1996, que estabelece, além da proibição e a consequente apreensão de todo animal solto nas vias e logradouros públicos, a cobrança das despesas referentes à essa apreensão.

Adoção

O setor de Apreensão de Animais da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) está em pleno processo de funcionamento, com adoção de animais recolhidos de diferentes pontos de Aracaju. O indicativo também está previsto na lei municipal nº 2.380/96, que regulamenta o processo de adoção.

Para quem deseja adotar um dos animais que não foram recolhidos por seus donos ou que possuem reincidência, é necessário se dirigir à Emsurb, que fica na Av. Jornalista Santos Santana, no bairro Jardins, levando a carteira de identidade, CPF, comprovante de residência do interior e aguardar o contato.

O coordenador do Centro, Isaias Freitas, frisa, entretanto, que um dos principais pré-requisitos para adoção é que o interessado seja produtor rural do interior, pois os animais deverão ser usados na lida com a terra e não mais para exploração (mecanismo de transporte de pessoas e objetos).

“Nós não disponibilizamos a adoção para residentes das cidades de Aracaju, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Laranjeiras e Nossa Senhora do Socorro porque esses animais acabam retornando para a capital novamente e vêm para o nosso setor. Por isso que [ a localidade] deve ser mais distante, onde ele não volte”, pontua Isaias.