O 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde reuniu mais de 3.600 participantes do Brasil e exterior, com o objetivo de elevar as discussões sobre políticas públicas para a saúde. O evento ocorreu entre os dias 3 e 5 de novembro.
Na ocasião, mais de 65 expositores foram distribuídos em 78 stands para que fossem apresentadas ações exitosas na área da saúde dos municípios, além da cultura de cada lugar. O stand da Saúde de Aracaju expôs detalhes do funcionamento da Sala de Situação em Saúde, mecanismo utilizado para monitoramento e controle dos indicadores, o que aprimora o trabalho.
Para a secretária municipal da saúde, Waneska Barboza, o encontro foi de extrema relevância para troca de experiências e ampliação do debate.
“Foram dias de muitas reuniões, debates e exposições importantes para o avanço da assistência, a partir das experiências de cada gestão. Nosso stand, que mostrou o funcionamento da nossa Sala de Situação, foi bastante visitado e elogiado. Foi uma oportunidade de ampliarmos o debate e aprimorar a assistência cada vez mais”, conta.
O secretário-executivo da Cosems-SE, Salviano Mariz, destacou a relevância do Congresso. “Foram seis meses de preparação para que tudo acontecesse dentro das expectativas planejadas. Aracaju se preparou para acolher e receber todos os congressistas, que puderam estar aqui debatendo temas imprescindíveis para a saúde junto aos gestores e pautando muitas iniciativas importantes para a atenção primária e melhoria do acesso à saúde dos usuários do SUS”, enfatiza.
Sala de Situação
A SMS apresentou aos congressistas, a Sala de Situação em Saúde, sistema utilizado para o monitoramento de dados, como explica o gerente da Sala de Situação, Maycon Santana.
“Nosso foco foi apresentar o que a gestão utiliza na observação e controle em diversos segmentos, a partir do monitoramento de vários dados, inicialmente dos números de casos da covid-19, até a inserção de outros indicadores, como vacinação, testagem, regulação de leitos, filas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), casos de dengue, tuberculose, hanseníase e vários outros pontos cruciais, que contribuem para o direcionamento das ações da Saúde de Aracaju. O trabalho foi bastante elogiado pelos gestores, que inclusive se inspiraram a desenvolver em suas secretarias também”, enfatiza.
Oficinas
A programação do congresso contemplou várias atividades, como oficinas, palestras, debates e mesas temáticas, como atenção primária; financiamento; provimento médico; ImunizaSUS; saúde indígena; provimento médico e ImunizaSUS; Planejamento Regional Integrado; Experiências e Educação Permanente em Saúde; judicialização entre outros.
A área técnica do Programa Saúde da Mulher da SMS, Maria das Graças, participou do seminário sobre judicialização da saúde e ressaltou a importância do tema.
“Esse diálogo foi muito importante, pois elucidou várias questões, a exemplo de com os gestores podem atuar em prol da não necessidade de ações judiciais contra o Sistema Único de Saúde (SUS), na resolução das situações daqueles que solicitam a oferta de tratamentos médicos com base no direito constitucional à saúde. Esse evento, com certeza, fez a diferença para nós”, conta.
Já Mariana Aragão, área técnica da vigilância epidemiológica da SMS, acompanhou o debate sobre lições e boas práticas de resposta de estados e municípios ao avanço da pandemia.
“Passamos por um momento crítico de saúde público e, a partir dele, diversas lições foram aprendidas e nosso trabalho transformado. Participar desse diálogo aqui trouxe à luz reflexões importantes desde o que passamos no período pandêmico até as transformações no acolhimento”, conta.
