Com ações estratégicas e planejamento, a Prefeitura de Aracaju atua continuamente para ampliar a capacidade de resiliência na capital. Ao longo do mês de janeiro, com a baixa incidência de chuva, a Defesa Civil de Aracaju, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), atuou com foco nos pilares de prevenção e preparação.
Nesse período, os pluviômetros da capital computaram o acumulado de 71,4 milímetros (mm) de chuva, nível que não gera impactos significativos, considerando a característica de chuvas bem distribuídas ao longo do mês. Ainda assim, o dado superou a média histórica, que é de 46 mm.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo, nesse período, foi iniciado o processo de atualização do Plano de Contingência, que alinha estratégias de prevenção, preparação, resposta e recuperação, visando a atuação frente aos fenômenos naturais, como é o caso das chuvas intensas.
"É um período em que nós revisamos o Plano de Contingência, esperando, principalmente, as chuvas que iniciam na quadra chuvosa, que corresponde aos meses de março, abril, maio e junho. Essa preparação envolve diálogo com os órgãos que integram o Comitê de Gerenciamento de Crise da gestão municipal e intensificação de ações junto aos Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil (Nupdecs)", explica o coordenador.
Ocorrências
No total, ao longo do primeiro mês do ano, o órgão registrou atendimento a 53 ocorrências, das quais 31 estiveram relacionadas a risco de desabamento, duas para risco de queda de árvore e outras duas referentes a colapso de árvores, propriamente. Dos imóveis vistoriados, 4 foram interditados e 13 receberam notificações.
O trabalho desenvolvido pela equipe da Defesa Civil contemplou atendimento a outras dez ocorrências de naturezas variadas; oito monitoramentos; e atendimento às demandas encaminhadas por outros órgãos, como é o caso do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE) e Ministério Público.
Nupdecs
O diálogo com os Núcleos Comunitários ocorre ininterruptamente, seja para acolher informações pertinentes às comunidades ou para orientar os membros, que atuam como multiplicadores de boas práticas em suas comunidades e prestam apoio à Defesa Civil, principalmente no que diz respeito às ações preventivas contra riscos.
De acordo com o técnico da Defesa Civil, Nélison Brandão, seis atendimentos realizados ao longo do mês foram oriundos dos diálogos com os Nupdecs. "Esse fluxo otimiza os atendimentos, com maior assertividade para realizar os encaminhamentos necessários, conforme cada demanda apontada pelos grupos", frisou.
Orientações
A maior parte das ocorrências estiveram relacionadas a possíveis riscos de desabamento, por isso a Defesa Civil orienta a população a manter atenção aos sinais de fragilidade da estrutura, como é o caso do aparecimento de fissuras, trincas e rachaduras, que venham a surgir e evoluir em um curto período.
"Ao perceber surgimento de barulhos atípicos, rachaduras ou inclinações expressivas, é preciso, imediatamente, acionar a Defesa Civil. Se for verificado algo muito súbito, como um estalo muito forte ou a queda de uma parte da estrutura, é preciso sair rapidamente e buscar um local seguro até que as equipes, após serem acionadas, cheguem para realizar a avaliação técnica necessária", informa o coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Robson Rabelo.
Em casos de urgência, a população deve entrar em contato através do número 199, disponível 24h em todos os dias da semana.
